Gordura no fígado: sintomas, diagnóstico e cuidados
Se você sente dor ou desconforto no abdômen, inchaço, cansaço excessivo, perda de apetite, fezes mais claras ou pele e olhos amarelados, pode ser sinal de gordura no fígado. Na maioria dos casos a condição é assintomática e só é descoberta em exames de rotina. .
Principais pontos
- Muitas vezes não causa sintomas e é detectada por acaso em exames de imagem ou sangue.
- Quando presentes, os sinais são inespecíficos: dor abdominal, inchaço, fadiga, perda de apetite, icterícia leve.
- O diagnóstico combina exames de imagem (ultrassom, tomografia, ressonância), testes de sangue (enzimas hepáticas e bilirrubina) e, raramente, biópsia.
- O tratamento baseia-se em mudanças no estilo de vida: dieta, atividade física, perda de peso e controle de diabetes, pressão e colesterol.
- Sem controle, pode evoluir para inflamação crônica, fibrose e, em casos avançados, cirrose ou necessidade de transplante.
Como a doença costuma se manifestar
A esteatose hepática (gordura no fígado) frequentemente não apresenta sinais. Quando aparecem, são vagos e progressivos:
- desconforto ou dor na região superior direita do abdome;
- sensação de inchaço ou plenitude;
- cansaço fácil e diminuição do apetite;
- fezes mais claras e, em casos mais avançados, pele e olhos amarelados (icterícia).
Quando procurar médico
Consulte um profissional se notar:
- dor abdominal persistente;
- cansaço intenso sem outra explicação;
- perda de apetite prolongada;
- alteração na cor da pele ou dos olhos;
- alterações em exames de rotina que indiquem alterações hepáticas.
Procure hepatologista, gastroenterologista ou clínico geral para avaliação.
Como é feito o diagnóstico
O médico solicitará exames para avaliar estrutura e função hepática:
- Ultrassonografia abdominal (exame inicial mais comum);
- Tomografia ou ressonância magnética quando necessário;
- Exames de sangue: TGO (AST), TGP (ALT), bilirrubina, perfil lipídico e glicemia;
- Biópsia hepática em casos selecionados para determinar grau de inflamação e fibrose.
Muitas vezes a esteatose é um achado incidental em exames feitos por outros motivos.
Riscos e evolução
A presença de gordura no fígado nem sempre representa emergência, mas requer atenção. Se não houver mudanças no estilo de vida e controle das doenças associadas, a gordura pode causar:
- esteato-hepatite (inflamação);
- lesão progressiva e formação de fibrose;
- cirrose em estágios avançados;
- risco, em uma minoria de casos, de insuficiência hepática e necessidade de transplante.
Fatores que aumentam o risco de progressão: obesidade, resistência insulínica/diabetes, hipertensão, colesterol alto e consumo excessivo de álcool.
Tratamento e prevenção
Não há medicamento específico aprovado para “queimar” gordura do fígado em todos os casos; o foco é tratar as causas e reduzir a progressão:
- Perda de peso gradual e sustentada (5–10% do peso corporal melhora a esteatose);
- Alimentação equilibrada: reduzir açúcares simples, gorduras saturadas e alimentos ultraprocessados; priorizar fibras, frutas, verduras, peixes e gorduras saudáveis;
- Exercício aeróbico regular e treino de resistência;
- Controle do diabetes, da pressão arterial e do colesterol com seguimento médico;
- Evitar álcool ou consumi-lo com moderação conforme orientação médica;
- Revisão de medicamentos que possam afetar o fígado, sempre com orientação profissional.
Conclusão
Gordura no fígado é comum e muitas vezes assintomática, mas não deve ser ignorada. Diagnóstico precoce e mudanças no estilo de vida reduzem significativamente o risco de progressão para inflamação, fibrose e cirrose.
Perguntas frequentes
- Quais são os sinais mais comuns? Dor ou desconforto no abdome superior direito, inchaço, fadiga, perda de apetite e, em casos mais graves, icterícia.
- Posso ter gordura no fígado e não perceber? Sim. Na maioria dos casos não há sintomas, e a condição é detectada em exames de rotina.
- Quando devo procurar um médico? Procure avaliação se tiver dor abdominal persistente, cansaço intenso, alterações na cor da pele/olhos ou se exames laboratoriais mostrarem alterações hepáticas.
- Como é feito o diagnóstico? Com ultrassom, tomografia ou ressonância, exames de sangue (TGO/TGP, bilirrubina) e, em casos necessários, biópsia.
- Como tratar e prevenir piora? Mudança na alimentação, atividade física regular, perda de peso, controle de diabetes, pressão e colesterol, e evitar álcool.