Sente ondas de calor e secura íntima saiba o que fazer na menopausa

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Se você anda percebendo ciclos irregulares, ondas de calor ou secura íntima, este texto é para você. Aqui você vai entender o que é a menopausa, seus principais sintomas e causas, quais exames o ginecologista pode pedir (como FSH, LH e prolactina), o que fazer para aliviar os sintomas e quando procurar o médico. Também há orientações sobre dor nas mamas, uso de pomadas para secura e testes online como complemento — nunca substituto — da consulta.

  • Menopausa: fim das menstruações (12 meses sem sangramento).
  • Sintomas comuns: ondas de calor, suor noturno, secura vaginal, ciclos irregulares.
  • Exames úteis: FSH, LH, estradiol, prolactina, TSH, perfil lipídico e densitometria óssea.
  • Tratamento: acompanhamento do ginecologista; opções incluem terapia hormonal, tratamentos locais e medidas de estilo de vida.
  • Lubrificantes e pomadas ajudam a combater a secura íntima.

Menopausa: o que você precisa saber, direto ao ponto

A menopausa é uma fase natural: caracteriza-se por 12 meses consecutivos sem menstruação, resultado da queda na produção de estrogênio pelos ovários. Pode ocorrer de forma gradual, com sintomas surgindo antes do último sangramento. A idade típica varia entre 40 e 55 anos.

  • Período sem menstruação: 12 meses.
  • Causa principal: redução do estrogênio.
  • Idade média: 40–55 anos, com variações.

Como perceber que a menopausa está chegando

Os sinais costumam aparecer antes do último sangramento. Os mais frequentes:

  • Ondas de calor (fogachos): calor súbito, rosto e pescoço rubros, sudorese.
  • Suor noturno: acordar com roupa de cama molhada.
  • Menstruação irregular: ciclos mais curtos ou mais longos; fluxo alterado.
  • Secura vaginal: desconforto nas relações, coceira, ardor.
  • Mudanças de humor: irritabilidade, ansiedade, choro fácil.
  • Distúrbios do sono: insônia ou sono fragmentado.
  • Queda da libido.
  • Mudança de peso: tendência a acumular gordura abdominal.
  • Dor nas mamas, queda de cabelo, pele mais seca.
  • Perda de massa óssea: risco de osteoporose.
  • Problemas de memória ou concentração em algumas mulheres.
  • Infecções urinárias ou cistite por alterações na mucosa.

Cada mulher sente sintomas em intensidade diferente — alguns têm poucos, outras vários.

Por que a menopausa causa essas mudanças?

A queda dos hormônios ovarianos, especialmente do estrogênio, altera o equilíbrio corporal:

  • Regulação da temperatura (origem dos fogachos).
  • Lubrificação vaginal (causa da secura).
  • Metabolismo e distribuição de gordura.
  • Densidade óssea (risco de osteoporose).

Situações que podem antecipar a menopausa: remoção dos ovários, quimioterapia/radioterapia, doenças autoimunes e falência ovariana precoce.

Como confirmar: exames que ajudam

O diagnóstico é clínico quando há 12 meses sem menstruação, mas exames auxiliam na avaliação e para descartar outras causas.

Exame O que mostra
FSH Aumenta quando os ovários perdem função; valores altos sugerem menopausa.
LH Pode estar elevado; ajuda a entender o eixo hormonal.
Estradiol (E2) Indica níveis de estrogênio; geralmente baixos na menopausa.
Prolactina Investiga outras causas de alterações menstruais.
TSH Avalia função da tireoide (sintomas podem ser semelhantes).
Perfil lipídico Rastreia risco cardiovascular pós-menopausa.
Densitometria óssea Avalia risco de osteoporose.
Hemograma e glicemia Avaliação geral de saúde.
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Um único exame não define tudo; o médico interpreta sintomas, idade e exames em conjunto.

O que você pode fazer para aliviar os sintomas

Medidas simples trazem alívio significativo:

  • Sono e rotina: durma e acorde nos mesmos horários, evite telas antes de dormir, mantenha o quarto fresco (reduz sudores noturnos).
  • Alimentação: prefira frutas, legumes, grãos integrais e proteínas magras; evite álcool e cafeína em excesso; inclua cálcio e vitamina D para os ossos.
  • Atividade física: caminhada, natação ou exercícios de resistência ajudam humor, sono, peso e massa óssea.
  • Controle do estresse: respiração, meditação, ioga ou terapia podem reduzir ansiedade e flutuações de humor.
  • Lubrificação íntima: use lubrificantes à base de água nas relações; hidratantes vaginais regulares e pomadas indicadas pelo médico.

Essas ações não substituem tratamento médico quando necessário, mas melhoram qualidade de vida.

Terapias e tratamentos que o médico pode oferecer

A escolha depende de quadro clínico, idade, histórico e preferências:

  • Terapia hormonal (TH): reposição de estrogênio, possivelmente com progesterona. Eficaz contra fogachos, secura vaginal e na proteção óssea. Requer avaliação de riscos e benefícios.
  • Terapias não-hormonais: antidepressivos em baixas doses, gabapentina ou clonidina podem reduzir fogachos.
  • Tratamentos locais: estrogênio tópico (cremes, comprimidos ou anéis vaginais) melhora secura com menor absorção sistêmica.
  • Suplementos: cálcio e vitamina D para os ossos; fitoestrogênios têm evidência variável.
  • Apoio psicológico: terapia individual ou em grupo para lidar com mudanças emocionais.

Discuta sempre com o ginecologista antes de iniciar qualquer tratamento.

Pomadas e cremes para ressecamento vaginal

Opções seguras e eficazes:

  • Lubrificantes à base de água: uso pontual nas relações.
  • Hidratantes vaginais: uso regular para manter a mucosa hidratada.
  • Estrogênios tópicos: reconstroem a mucosa e reduzem dor; exigem avaliação médica.
  • Pomadas com ácido hialurônico e outros ativos hidratantes: aumentam elasticidade.

Procure o médico se houver dor persistente, sangramento fora do esperado ou corrimento com odor diferente.

Dor nas mamas: pode ser menopausa?

Sim, a sensibilidade mamária pode ocorrer por alterações hormonais próximas à menopausa, mas nem sempre é causada por ela. Outras causas incluem retenção de líquidos, lesões benignas ou mudanças cíclicas. Procure atendimento se houver dor intensa, nódulos palpáveis, secreção com sangue ou alterações na pele das mamas.

Exames preventivos importantes após a menopausa

  • Mamografia: rastreamento do câncer de mama.
  • Densitometria óssea: avalia risco de osteoporose.
  • Exame ginecológico e Papanicolau: acompanhamento do colo do útero.
  • Perfil metabólico: colesterol, glicemia e pressão arterial para avaliar risco cardiovascular.

Teste online: ferramenta complementar

Testes online podem ajudar a identificar sinais e padrões (fluxo, ondas de calor, sono, humor). Use-os para organizar informações e levar ao médico, mas não substituem avaliação clínica nem exames.

Como se preparar para a consulta com o ginecologista

Leve informações organizadas:

  • Data da última menstruação e quando os ciclos ficaram irregulares.
  • Lista de sintomas: intensidade, frequência e fatores que pioram.
  • Histórico médico: cirurgias, uso de hormônio, doenças crônicas.
  • Medicamentos e suplementos atuais.
  • Perguntas sobre terapia hormonal, alternativas e efeitos colaterais.
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Essas anotações facilitam a avaliação e a tomada de decisões.

Mitos e verdades

  • Mito: Menopausa é doença. Verdade: é uma fase natural.
  • Mito: Toda mulher piora a qualidade de vida. Verdade: muitas atravessam bem com medidas simples e tratamento adequado.
  • Mito: Terapia hormonal engorda. Verdade: ganho de peso tem múltiplas causas; TH não é causa direta para todas.
  • Mito: Se você nunca tomou hormônio, não pode usar agora. Verdade: a TH pode ser indicada conforme o caso.
  • Mito: Depois da menopausa não precisa mais de exames. Verdade: é hora de reforçar cuidados com ossos, coração e mama.

Riscos a longo prazo e cuidados

  • Osteoporose: prevenção com cálcio, vitamina D, atividade física e, se indicado, medicação.
  • Doença cardiovascular: controle de pressão, colesterol, tabagismo e alimentação saudável.
  • Saúde mental: depressão e ansiedade merecem atenção profissional.
  • Saúde sexual: secura e dor tratáveis; terapia sexual pode ajudar.

Quando procurar ajuda imediatamente

Procure atendimento se houver:

  • Sangramento vaginal após a menopausa.
  • Dor intensa nas mamas ou nódulo palpável.
  • Febre, dor abdominal intensa ou corrimento com odor forte.
  • Sintomas que comprometam a rotina: insônia grave, alterações de humor que atrapalhem trabalho ou família.
  • Qualquer dúvida que gere ansiedade — esclarecer com profissional é importante.

Histórias reais

Muitas mulheres experimentam caminhos diferentes: TH, mudanças no estilo de vida ou terapias complementares. O importante é sentir-se ouvida e ter opções. Grupos de apoio e conversas com amigas ou profissionais ajudam muito.

Exemplos práticos do dia a dia

  • Fogachos no trabalho: vista-se em camadas, mantenha água à mão e faça respirações curtas para controlar o calor.
  • Para dormir melhor: resfrie o quarto, evite álcool e refeições pesadas à noite.
  • Relações sexuais confortáveis: use lubrificante e converse com o parceiro sobre ritmo e toque.
  • Para ossos fortes: suba escadas, pratique exercícios de resistência e consuma cálcio.

Perguntas frequentes

  • A menopausa tem cura? Não. É um processo natural, mas os sintomas têm tratamento.
  • Quanto tempo duram os fogachos? Varia: semanas a anos; muitas mulheres melhoram com o tempo.
  • A terapia hormonal é segura? Depende do histórico individual; avaliação médica é essencial.
  • Posso engravidar ainda? Após 12 meses sem menstruação, é improvável; até lá há chance.
  • Pomadas vaginais têm efeito colateral? Geralmente seguras; siga orientação médica.

Seu plano de ação em 5 passos

  • Observe e anote seus sintomas.
  • Marque consulta com o ginecologista.
  • Faça os exames sugeridos e leve os resultados.
  • Discuta opções (TH, tratamento local, mudanças de estilo de vida).
  • Acompanhe regularmente: hormônios, densitometria e mamografia conforme indicação.

Mensagem final

A menopausa não precisa ser um bicho de sete cabeças. Há caminhos para melhorar o bem‑estar e proteger sua saúde. Informe-se, busque apoio e trace um plano com seu médico. Pequenas mudanças fazem a trajetória ficar mais suave.

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