O que você precisa saber sobre a tendinite do Aquiles

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Você sente dor ou rigidez atrás do calcanhar e quer saber o que está a acontecer com o seu corpo? Esta matéria explica de forma clara o que é a tendinite do Aquiles, onde surge a inflamação, quais os sintomas a observar e como se faz o diagnóstico. Vai ver as opções de tratamento, desde descanso e gelo até fisioterapia e técnicas de fortalecimento, e quando a cirurgia pode ser necessária. Tudo em linguagem direta para ajudar nas suas decisões.

  • Inflamação ou degeneração do tendão de Aquiles com dor na parte de trás do pé
  • Dor e rigidez que pioram com atividade e melhoram com descanso
  • Geralmente causada por uso excessivo, aumento súbito do treino ou calçado inadequado
  • Tratamento inclui descanso, gelo, anti-inflamatórios, fisioterapia e exercícios excêntricos
  • Prognóstico favorável com tratamento adequado; cirurgia se o problema não ceder

Tendinite de Aquiles: o que você precisa saber

A tendinite de Aquiles é uma inflamação ou tendinopatia do tendão que liga os músculos da panturrilha ao osso do calcanhar. Pode sentir dor na parte de trás do tornozelo ou na barriga da perna. Na maioria dos casos o problema melhora com tratamento conservador, mas casos crónicos ou repetidos aumentam o risco de rotura do tendão.

O que é e onde fica

O tendão de Aquiles é o maior e mais resistente do corpo e permite empurrar o pé para baixo ao caminhar, correr ou saltar. Próximo à sua inserção no calcâneo existem bursas (bolsas cheias de líquido) que também podem inflamar. A lesão pode ser insercional (na ligação ao osso) ou não‑insercional (na porção média do tendão).

Causas e fatores de risco

A lesão surge, na maioria das vezes, por desgaste progressivo e stress repetido, não por um único traumatismo. O risco aumenta com movimentos repetidos no trabalho ou desporto, alterações súbitas na intensidade dos treinos, idade avançada, calçado inadequado e deformidades do pé.

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Sintomas e sinais clínicos

O sintoma principal é dor localizada e rigidez no tendão, que tende a piorar com esforço e melhorar com repouso. Pode notar dor ao subir escadas, rigidez matinal, inchaço, vermelhidão ou calor local. Em alguns casos há estalidos ou crepitação ao mover o pé.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico baseia‑se na história clínica e no exame físico, com avaliação de sensibilidade, espessamento do tendão e amplitude de movimento. Exames de imagem ajudam a confirmar e quantificar a lesão: radiografias podem revelar calcificações, ecografia avalia a estrutura do tendão e ressonância magnética mostra a extensão do dano, útil para planeamento cirúrgico.

Tratamento e reabilitação

A maioria dos casos responde bem a medidas conservadoras. Principais medidas:

  • Reduzir ou suspender atividades que provoquem dor; substituir exercícios de alto impacto por natação ou bicicleta.
  • Aplicar gelo conforme orientado para controlar a inflamação.
  • Anti‑inflamatórios não esteroides (AINEs) podem ser usados com prescrição médica; injeções de cortisona são raras devido ao risco de rotura.
  • Fisioterapia é central: alongamentos dos gémeos e um protocolo de fortalecimento excêntrico são frequentemente recomendados e devem ser supervisionados.
  • Sapatos com bom apoio, palmilhas ou elevação do calcanhar reduzem a tensão no tendão. Em dor intensa, uma bota imobilizadora pode ser indicada por curto período.
  • Terapias adjuvantes como ondas de choque extracorporal podem ser tentadas em casos resistentes, embora as evidências ainda sejam limitadas.

Se após um período adequado de tratamento conservador (meses) a dor persistir e a função estiver comprometida, a cirurgia pode ser considerada.

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Quando procurar ajuda e onde obter informações

Procure um médico ou fisioterapeuta se a dor for intensa, se houver aumento súbito do inchaço, perda de função ou crepitação persistente.

Profissionais especializados podem orientar programas de reabilitação personalizados e esclarecer quando a intervenção cirúrgica é indicada.

Conclusão

Se sente dor ou rigidez atrás do calcanhar, pode estar perante uma tendinite do Aquiles — é um problema comum, mas tratável. Comece por repouso, gelo e ajuste de atividades. A fisioterapia e os exercícios excêntricos são fundamentais para a recuperação. Casos crónicos ou que não melhoram com tratamento conservador podem exigir cirurgia, mas isso é a exceção. Com diagnóstico precoce e seguimento adequado, o prognóstico é favorável. Para saber mais e encontrar orientação especializada.

Perguntas frequentes

O que é a tendinite do Aquiles?

É a inflamação ou tendinopatia do tendão de Aquiles, com dor atrás do calcanhar; pode incluir micro‑rupturas e rigidez.

Onde dói e que tipos existem?

Dói na parte de trás do pé e na “barriga” da perna. Existem formas insercionais (na ligação ao calcanhar) e não‑insercionais (no meio do tendão). Às vezes aparece bursite associada.

Quais são as causas e fatores de risco?

Uso excessivo, aumento súbito do treino, corrida e saltos. Idade, calçado inadequado, deformidades e lesões repetidas aumentam o risco.

Como é feito o diagnóstico?

Primeiro o exame clínico. O médico avalia dor, edema e crepitação. RX, ecografia ou ressonância podem confirmar e quantificar a lesão.

Qual o tratamento e a cura?

Repouso, gelo e AINEs para alívio. Fisioterapia com exercícios excêntricos, palmilhas e calçado adequado. Ondas de choque em casos resistentes. Cirurgia apenas se falharem meses de tratamento conservador. Prognóstico geralmente bom.

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