Hiperparatireoidismo pode deixar você fraco e é tratável com cirurgia ou remédios

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Hiperparatireoidismo: entenda e saiba o que fazer

Você quer entender o hiperparatireoidismo e o que fazer se desconfiar dele? É quando as pequenas glândulas paratireoides produzem hormônio demais — o paratormônio (PTH) — elevando o cálcio no sangue (hipercalcemia). Aqui explico, em linguagem simples, os principais sintomas, o diagnóstico, as opções de tratamento (cirurgia, medicamentos e mudanças de hábitos), o papel da vitamina D e do cálcio na alimentação, quando procurar o médico, como conviver com a condição e possíveis complicações.

  • Hiperparatireoidismo = excesso de PTH que regula o cálcio.
  • Pode ser primário (problema nas paratireoides) ou secundário (resposta a outra doença).
  • Sintomas comuns: fraqueza, dores, pedras nos rins e perda óssea.
  • Diagnóstico por exames de sangue e imagens; tratamento: cirurgia, remédios e mudanças de hábitos.
  • Hidratação, vitamina D adequada e acompanhamento médico ajudam no controle.

O que é, afinal?

O hiperparatireoidismo ocorre quando as quatro paratireoides — glândulas pequenas próximas à tireóide — produzem PTH em excesso. O PTH regula cálcio, fósforo e vitamina D. Muito PTH causa hipercalcemia, com efeitos em músculos, ossos, rins e sistema nervoso.

Sintomas — como perceber

Muitos casos são descobertos por exames antes de haver sintomas. Quando aparecem, os sinais mais frequentes são:

  • Fraqueza muscular e cansaço.
  • Dores articulares e ósseas.
  • Perda de apetite, náuseas, dor abdominal e constipação.
  • Sede intensa e urinar muito.
  • Pedras nos rins (cólica renal).
  • Ossos frágeis e fraturas.
  • Mudanças de humor, ansiedade ou depressão.
  • Em formas graves: arritmias cardíacas ou confusão mental.

Se houver uma combinação desses sinais, vale investigar.

Tipos

  • Primário: a paratireoide produz PTH demais por um problema próprio (frequentemente um adenoma benigno).
  • Secundário: as paratireoides ficam hiperativas em resposta a outra condição (ex.: doença renal crônica, deficiência de vitamina D).
  • Terciário: hiperatividade permanente após longo período de estímulo (mais raro).

Causas principais

  • Adenoma (tumor benigno) na paratireoide — causa mais comum do primário.
  • Doença renal crônica — causa frequente de secundário.
  • Deficiência de vitamina D.
  • Uso de medicamentos (ex.: lítio) em alguns casos.
  • Formas genéticas (síndromes MEN) ou tumores malignos raros.

Quem tem mais risco?

  • Mulheres, especialmente após os 60 anos.
  • História familiar de doença endócrina.
  • Radioterapia no pescoço.
  • Doença renal crônica ou deficiência prolongada de vitamina D.
  • Uso de certos medicamentos.

Diagnóstico

O diagnóstico baseia-se em exames laboratoriais:

  • Cálcio sérico (nível no sangue).
  • PTH (se estiver alto junto com o cálcio indica hiperparatireoidismo).
  • Fósforo e vitamina D para completar o quadro.
  • Às vezes, calciúria de 24 horas (cálcio na urina).
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Se confirmado, imagens podem localizar a paratireoide alterada:

  • Ultrassom do pescoço.
  • Cintilografia (sestamibi) — imagem funcional.
  • Tomografia/Ressonância em casos complexos.

O que o médico vai perguntar

Prepare respostas sobre: início e padrão dos sintomas; histórico familiar; uso de medicamentos (ex.: lítio); problemas renais; história de pedras ou fraturas. Leve exames prévios, se tiver.

Quando buscar ajuda médica

Procure atendimento se tiver:

  • Dor intensa nos rins ou abdome.
  • Fraqueza que limita atividades.
  • Confusão, alteração de humor ou sinais de desidratação por urinar muito.
    Mesmo sintomas leves merecem checagem.

Tratamentos — visão geral

A escolha depende de:

  • Tipo (primário x secundário).
  • Grau de hipercalcemia e alterações no PTH.
  • Sintomas, idade e comorbidades.

Opções:

  • Cirurgia (paratireoidectomia) — muitas vezes curativa no primário.
  • Medicamentos — quando cirurgia não é indicada ou para controlar secundário.
  • Mudanças de hábitos — hidratação, dieta, controle de vitamina D.
  • Tratamento da doença de base no secundário.

Cirurgia: quando e como funciona

  • Indicação comum para hiperparatireoidismo primário sintomático ou com cálcio significativamente alto.
  • Procedimento: paratireoidectomia; técnicas minimamente invasivas são frequentes.
  • Possível alta no mesmo dia para muitos pacientes.
  • Risco raro: lesão das cordas vocais; hipocalcemia transitória.
  • Após a cirurgia pode ocorrer a síndrome do osso faminto (osso “puxa” cálcio), exigindo suplemento de cálcio e vitamina D temporariamente.

Medicamentos: quando são usados

Indicados quando:

  • Cirurgia é contraindicada.
  • Hiperparatireoidismo secundário associado a doença renal.
  • Desejo de adiar cirurgia.

Principais classes:

  • Calcimiméticos (ex.: cinacalcet) — reduzem ação do PTH.
  • Bifosfonatos — protegem os ossos.
  • Suplementos de cálcio e vitamina D — só com orientação médica.

Todo medicamento tem efeitos colaterais e precisa de acompanhamento.

Mudanças de hábitos e alimentação

  • Hidrate-se bem para reduzir risco de pedras nos rins.
  • Evite suplementos de cálcio sem orientação quando houver hipercalcemia.
  • Pratique atividade física para fortalecer os ossos.
  • Inclua alimentos ricos em cálcio: leite e derivados, sardinha, tofu, verduras verde-escuro (brócolis), sementes (gergelim), leguminosas.
  • Cuide da vitamina D: exposição solar moderada (15–20 minutos/dia) e alimentos com vitamina D; suplementação somente sob indicação.

Prevenção

  • Para o primário não há prevenção comprovada.
  • Para o secundário: tratar doenças renais, corrigir deficiência de vitamina D, manter ingestão de cálcio adequada e hidratação.
  • Check-ups regulares ajudam na detecção precoce.

Complicações se não tratado

  • Osteoporose e fraturas.
  • Pedras nos rins e dano renal.
  • Arritmias e problemas cardíacos.
  • Perda de peso e problemas digestivos.
    Por isso, diagnóstico e tratamento são importantes.
VEJA  Hematúria: saiba o que pode causar a presença de sangue na urina e como tratar

Vivendo com a condição — prognóstico

  • A cirurgia cura a maioria dos casos primários; retorno à vida normal é esperado.
  • No secundário, tratar a causa melhora o quadro.
  • Com medicamentos e acompanhamento, é possível ter boa qualidade de vida.
  • Controle com exames periódicos de cálcio e PTH é essencial.

Testes e exames — tabela rápida

Exame O que mostra Por que faz
Cálcio sérico Nível de cálcio no sangue Detecta hipercalcemia
PTH (paratormônio) Nível do hormônio Indica atividade das paratireoides
Vitamina D Nível de vitamina D Esclarece causas
Fósforo Nível de fósforo Complementa o quadro mineral
Calciúria 24h Cálcio na urina Avalia risco de pedras
Ultrassom do pescoço Imagem local Localiza glândulas aumentadas
Cintilografia (sestamibi) Imagem funcional Encontra glândula hiperativa
Tomografia/Ressonância Imagem detalhada Casos complexos ou recidiva

Perguntas frequentes

  • O que é hiperparatireoidismo e por que me deixa fraco?
    É o excesso de PTH que eleva o cálcio no sangue; o excesso de cálcio causa fraqueza muscular, cansaço e dores.
  • Como o médico confirma o diagnóstico?
    Exames de sangue que mostram cálcio e PTH elevados; podem ser necessários urina, ultrassom ou cintilografia.
  • Quando é preciso operar? A cirurgia cura?
    A cirurgia é indicada em muitos casos primários sintomáticos e cura a maioria (alto índice de sucesso). A recuperação costuma ser rápida.
  • Quais remédios existem e quais efeitos colaterais?
    Calcimiméticos (ex.: cinacalcet) e medicamentos para ossos; efeitos incluem náusea, hipocalcemia e necessidade de monitorização.
  • Posso prevenir ou melhorar com dieta e hábitos?
    O primário não tem prevenção clara. No secundário, corrigir vitamina D e controlar doenças renais ajuda. Hidratação, sol moderado e dieta adequada são úteis.

Sinais de alerta após tratamento

Procure atendimento imediato em caso de:

  • Dormência ou formigamento persistente.
  • Fraqueza progressiva.
  • Dor intensa ou febre após cirurgia.
  • Dificuldade para falar ou engolir.

Cuidados especiais

  • Informe o médico sobre todos os medicamentos.
  • Grávidas e idosos têm manejo específico.
  • Pacientes com doença renal exigem abordagem especializada.

Como cheguei às informações

Conteúdo elaborado a partir de fontes médicas confiáveis, traduzido para linguagem clara. Este texto informa, mas não substitui avaliação médica.

Conclusão

Suspeita de hiperparatireoidismo? Não ignore sintomas como fraqueza, dores, sede excessiva ou pedras nos rins. O diagnóstico é simples (exames de sangue para cálcio e PTH). Em muitos casos, a cirurgia resolve; em outros, medicamentos e mudanças de hábito mantêm o quadro sob controle. Hidrate-se, cuide da vitamina D e faça acompanhamento regular.

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