Entenda por que seu cabelo cai e como tratar

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Você está percebendo mais fios pelo chão ou ao pentear e quer respostas rápidas. Este texto explica de forma clara a queda de cabelo, por que ela acontece e como afeta homens e mulheres. Veja as principais causas, quais exames ajudam no diagnóstico, quando procurar um médico e o que funciona de verdade em tratamento — além do que não tem comprovação (como receitas caseiras), o papel dos medicamentos e possíveis complicações.

  • Queda de cabelo tem várias causas: hormônios, genética, estresse, doenças e carência de nutrientes.
  • Homens costumam ter calvície hereditária; mulheres apresentam queda mais difusa relacionada a hormônios e deficiências nutricionais.
  • Procure um dermatologista ou tricologista; exames como tricoscopia ajudam a identificar a causa.
  • Tratamento depende da causa: medicamentos, reposição de vitaminas/minerais, correção de doenças ou transplante capilar.
  • Receitas caseiras têm pouca comprovação; tratamentos levam tempo para mostrar resultado.

Queda de cabelo: o que você precisa saber agora

Se o seu cabelo está caindo mais que o normal, não entre em pânico, mas investigue. Aqui explico, em linguagem direta, por que isso acontece, como descobrir a causa e o que fazer.

Como perceber que a queda é excessiva

Preste atenção se:

  • aparecem fios no travesseiro, no ralo ou no pente;
  • seu rabo de cavalo/topete está mais ralo;
  • surgem falhas redondas no couro cabeludo;
  • o cabelo fica mais fino em toda a cabeça.

É normal perder entre 50 e 100 fios por dia. Procure ajuda quando a perda for visível, súbita ou em grande volume.

O que causa a queda de cabelo? (visão geral)

Principais causas:

  • Genética — causa mais comum (alopecia androgenética).
  • Hormônios — andrógenos no homem; variações em mulheres (gestação, menopausa, anticoncepcionais).
  • Deficiências nutricionais — falta de ferro, vitamina D, proteínas, vitamina B12.
  • Estresse — físico ou emocional pode gerar queda do tipo telógeno.
  • Doenças — tireoide, autoimunes, infecções do couro cabeludo.
  • Medicamentos — alguns têm queda como efeito colateral.
  • Cirurgia/febre alta — podem desencadear queda temporária.
  • Quimioterapia — provoca perda intensa e rápida.
  • Tração e químicas — penteados muito apertados, calor e químicas danificam os fios.

Diferença entre homens e mulheres

  • Homens: padrão de alopecia androgenética — entradas e topo afetados, progressiva.
  • Mulheres: queda geralmente difusa (rarefação no topo); causas hormonais e nutricionais são comuns.

Doenças relacionadas à queda (fique atento)

  • Alopecia areata: falhas arredondadas, de origem autoimune.
  • Hipotireoidismo/hipertireoidismo: alteram o ciclo capilar.
  • Infecções e outras doenças autoimunes.
  • Efeitos de tratamentos oncológicos.

Como é feito o diagnóstico? Quais exames ajudam?

O médico pode solicitar:

  • Tricoscopia (exame não invasivo do couro cabeludo).
  • Exame físico e teste de tração.
  • Exames de sangue: hemograma, ferritina, TSH/T4, vitamina D, B12, hormônios sexuais quando indicado.
  • Biópsia de couro cabeludo em casos duvidosos.
  • Cultura se houver suspeita de infecção fúngica.
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Se houver queda súbita ou áreas sem pelos, consulte um dermatologista ou tricologista.

Tratamentos: o que pode ajudar

O tratamento depende da causa. Opções frequentes:

Tratamentos para alopecia androgenética:

  • Minoxidil tópico (spray/espuma): estimula crescimento; uso contínuo.
  • Finasterida oral: indicada em homens; contraindicada em mulheres em idade fértil sem orientação.
  • Espironolactona: usada em mulheres sob prescrição.

Queda por deficiência nutricional:

  • Reposição de ferro, vitamina D e B12 conforme exames.
  • Ajustes na dieta: mais proteínas, ferro e vitaminas.

Queda por doença da tireoide:

  • Tratar a tireoide normaliza o crescimento capilar.

Alopecia areata:

  • Corticóides tópicos ou injetáveis, imunomoduladores, entre outros.

Procedimentos e avançados:

  • PRP (plasma rico em plaquetas): estimula o couro cabeludo; resultados variam.
  • Laser de baixa intensidade: pode melhorar densidade em alguns casos.
  • Transplante capilar: para perda definitiva e localizada.
  • Imunoterapia em alopecia areata extensa.

Para queda causada por medicamentos, converse sobre alternativas com seu médico. Em quimioterapia, existem técnicas de proteção do couro cabeludo conforme o tratamento.

Importante: a maioria dos tratamentos exige meses até mostrar resposta (normalmente 3–6 meses; até 12 meses para melhora visível).

Medicamentos que podem causar queda

Alguns medicamentos associados à queda:

  • Quimioterápicos, anticoagulantes, certos antidepressivos, alguns betabloqueadores, imunossupressores, anticonvulsivantes e retinoides.
    Não interrompa medicação sem orientação médica.

Vitaminas e nutrientes essenciais

Nutrientes que influenciam o crescimento capilar:

  • Ferro / Ferritina — evita anemia; essencial.
  • Vitamina D — relacionada ao ciclo dos folículos.
  • Proteínas — cabelo é queratina (proteína).
  • Vitamina B12 — previne anemia.
  • Biotina (B7) — deficiência rara.
  • Zinco — repara cabelo e couro cabeludo.
  • Ômega-3 — mantém couro cabeludo saudável.

Antes de suplementar, confirme deficiência com exames; excesso também faz mal.

Remédios caseiros: funciona?

Muitos remédios populares têm pouca evidência científica:

  • Óleos (coco, rícino, oliva): hidratam, mas não provam crescimento de novo fio.
  • Suco de cebola: estudos pequenos mostraram benefício em alopecia areata, com risco de irritação.
  • Massagem no couro cabeludo: melhora circulação local e é segura.
  • Chá de alecrim e saw palmetto: evidência limitada; precisam de mais estudos.

Se já faz tratamento prescrito, consulte o médico antes de adicionar receitas caseiras.

Complicações possíveis se não tratar

  • Calvície irreversível em casos com cicatrização.
  • Infecções por coceira e lesões.
  • Impacto emocional: queda pode afetar autoestima e qualidade de vida.
  • Doença subjacente não diagnosticada (tireóide, câncer) pode piorar.

Perguntas frequentes

  • Por que meu cabelo está caindo?
    Causas comuns: genética (alopecia androgenética), alterações hormonais, estresse, deficiência de nutrientes, medicamentos e doenças (tireoide, autoimunes). Perda súbita pode indicar alopecia areata.
  • Quais as diferenças entre homens e mulheres?
    Homens: padrão com entradas e topo (calvície). Mulheres: afinamento difuso; mais causas hormonais e nutricionais.
  • Quando devo procurar um médico e quais exames são feitos?
    Procure se a queda for constante, intensa ou súbita. Exames comuns: tricoscopia, hemograma, TSH, ferritina, vitaminas (D, B12) e, às vezes, biópsia.
  • Quais tratamentos funcionam e quanto tempo para ver resultado?
    Tratamentos com comprovação: minoxidil tópico, finasterida (em homens), reposição de nutrientes conforme necessidade. Resultados: geralmente 3–6 meses, podendo levar até 12 meses.
  • Receitas caseiras funcionam? O que fazer quando o cabelo não cresce?
    Receitas caseiras têm evidência fraca. Se não houver resposta, reavalie o diagnóstico, reveja exames, considere tratamentos avançados (PRP, laser, transplante) e avalie suporte psicológico, alimentação e controle do estresse.
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Na consulta: como se preparar

Leve:

  • lista de medicamentos em uso;
  • histórico familiar de calvície;
  • data e padrão de início da queda (súbita ou gradual);
  • eventos recentes (gravidez, cirurgia, febre, perda de peso);
  • fotos do couro cabeludo ao longo do tempo.

Prevenção e cuidados diários

  • Evite penteados que puxem muito o fio;
  • Use pentes de dentes largos e escovas macias;
  • Reduza uso de secadores/chapinhas e proteja termicamente;
  • Evite químicas agressivas;
  • Lave com produtos adequados ao seu tipo;
  • Mantenha dieta equilibrada (proteínas, ferro, vitaminas);
  • Controle estresse com exercício, sono e, se necessário, terapia.

Quando a queda é emergência?

Procure atendimento rápido se:

  • queda muito rápida e volumosa;
  • surgirem manchas sem pelos de forma súbita;
  • houver inchaço, pus ou dor no couro cabeludo;
  • sinais sistêmicos (cansaço intenso, perda de peso inexplicada, febre).

Exemplos práticos

  • Pós-cirurgia ou febre alta: queda 2–3 meses depois pode ser telógeno, geralmente reversível.
  • Quimioterapia: queda intensa, normalmente reversível após o tratamento.
  • Entradas e calvície desde jovem com histórico familiar: provavelmente hereditário.
  • Falhas redondas, sem dor: pode ser alopecia areata.

Tratamentos mais comuns (lista rápida)

  • Minoxidil tópico — uso contínuo.
  • Finasterida oral — para homens.
  • Reposição de ferro / vitamina D / B12 quando indicadas.
  • Corticóides — em alopecia areata.
  • PRP, laser e transplante — conforme indicação especializada.

Cuidados com suplementos e tratamentos sem orientação

  • Evite comprar suplementos sem exames.
  • Produtos milagrosos podem não funcionar e causar dano.
  • Consulte um profissional de saúde antes de iniciar tratamentos.

Conclusão

A queda de cabelo tem várias causas — genética, hormônios, estresse, carências nutricionais ou doenças — e na maioria dos casos há caminhos para diagnóstico e tratamento. Comece com exames e orientação de um dermatologista ou tricologista. Tratamentos comprovados (como minoxidil, finasterida quando indicada e reposição de ferro ou vitamina D) exigem tempo e constância. Agir cedo ajuda a evitar complicações e preserva sua autoestima.

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