Entenda o olho seco e como proteger os seus olhos

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Se anda com os olhos vermelhos, ardendo ou com visão turva, este artigo explica o que é olho seco, por que surge e o que pode fazer. Pode faltar lágrima ou a lágrima pode ter má qualidade. Ar condicionado, vento, poluição e o uso prolongado do computador ou do telemóvel pioram. O oftalmologista faz o diagnóstico e indica o tratamento, que inclui colírios sem conservantes e mudanças de hábitos. A síndrome pode não ter cura definitiva, mas dá‑se controlo eficaz e recuperação do conforto ocular.

  • Olho seco = falta ou má qualidade das lágrimas, levando à falta de lubrificação ocular
  • Causas comuns: idade, menopausa, ar seco, vento, sol, ecrãs e alguns medicamentos
  • Sintomas: ardor, olhos vermelhos, lacrimejo paradoxal, visão turva e desconforto com lentes de contacto
  • Diagnóstico: feito por oftalmologista com testes rápidos e indolores
  • Tratamento: colírios sem conservantes, anti‑inflamatórios quando indicados, oclusão dos pontos e mudanças de hábitos

Olho seco: o que precisa saber

Tem olho seco quando as lágrimas não são suficientes em quantidade ou qualidade para manter a superfície ocular lubrificada. Pode afetar um ou ambos os olhos. Sintomas frequentes são vermelhidão, ardor e visão turva. Procure um oftalmologista para diagnóstico e plano terapêutico.

O que é e como aparece

O filme lacrimal protege e lubrifica a córnea e tem três camadas: lipídica (reduz evaporação), aquosa (contém a maior parte da água) e mucínica (ajuda a aderir à córnea). As lágrimas são produzidas nas glândulas lacrimais e espalham‑se ao piscar. Quando a produção diminui ou a composição muda, a superfície do olho fica exposta e mais sensível.

Fatores ambientais — vento, poluição, ar condicionado e sol — aceleram a evaporação. O uso prolongado de ecrãs reduz a frequência de piscar e favorece a secura. Doenças sistémicas e alguns medicamentos também podem alterar a produção ou a qualidade lagrimal.

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Sintomas e sinais frequentes

Pode notar:

  • Sensação de olhos secos ou com areia
  • Ardor, comichão e vermelhidão
  • Lacrimejamento excessivo em resposta à irritação (lacrimejo paradoxal)
  • Visão embaçada, especialmente ao fim do dia
  • Desconforto ou intolerância a lentes de contacto
  • Dor nos casos mais graves

Olhos secos ao acordar sugerem redução da produção basal ou alteração das camadas do filme lacrimal.

Causas e fatores de risco

Fatores comuns:

  • Idade avançada e menopausa
  • Uso prolongado de ecrãs
  • Ambiente com ar seco (ar condicionado, aquecimento)
  • Lentes de contacto
  • Alguns medicamentos (diuréticos, anti‑histamínicos, antidepressivos, etc.)
  • Doenças oculares e sistémicas

Mulheres são mais frequentemente afetadas, mas qualquer pessoa pode desenvolver olho seco.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito por um oftalmologista com testes rápidos e não invasivos que avaliam quantidade e qualidade das lágrimas e a superfície ocular. Esses exames definem a melhor abordagem terapêutica.

Tratamento e controlo

O objetivo é aliviar os sintomas e proteger a superfície ocular. As opções incluem:

  • Lágrimas artificiais (colírios), aplicadas conforme necessidade; prefira fórmulas sem conservantes quando usadas várias vezes por dia
  • Medicamentos anti‑inflamatórios ou antibióticos em situações específicas
  • Oclusão dos pontos lacrimais (tampões) para reduzir drenagem lagrimal
  • Medidas ambientais e de higiene palpebral

A escolha depende do oftalmologista, que avaliará gravidade e causas subjacentes. Com tratamento adequado e mudanças de hábitos a maioria recupera conforto e função.

Como prevenir no dia a dia

  • Pisque com mais frequência e faça pausas ao usar ecrãs (regra 20‑20‑20: a cada 20 minutos, olhe para algo a 20 pés/6 metros por 20 segundos)
  • Evite ambientes muito secos; use humidificadores se necessário
  • Proteja os olhos do vento e do sol com óculos apropriados
  • Reduza exposição a fumos e poluição
  • Use colírios lubrificantes sem conservantes quando necessário
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Quando consultar o oftalmologista

Consulte se tiver dor intensa, visão turva persistente, secreção anómala ou se os sintomas não melhorarem com medidas simples. O oftalmologista confirmará o diagnóstico e ajustará o tratamento.

Conclusão

Olhos vermelhos, ardor ou visão turva são frequentemente sinais de olho seco — falta ou má qualidade das lágrimas. Não é, na maior parte dos casos, um problema sem solução: com colírios sem conservantes, ajustes no dia a dia e, quando indicado, procedimentos como a oclusão dos pontos, é possível controlar os sintomas e recuperar conforto. Procure um oftalmologista para diagnóstico e orientação personalizada.

Perguntas frequentes

  • O que é olho seco?
    É a condição em que não há lágrimas suficientes ou as lágrimas têm qualidade insuficiente, deixando a superfície ocular mal lubrificada e irritada.
  • Quais são os sintomas?
    Olhos secos, ardor, vermelhidão, sensação de areia, lacrimejo paradoxal e visão turva, sobretudo ao fim do dia.
  • O que causa olho seco?
    Idade, menopausa, ar condicionado, vento, poluição, uso prolongado de ecrãs, lentes de contacto, e alguns medicamentos.
  • O olho seco tem cura? Como se trata?
    Não há cura definitiva em muitos casos, mas há controlo eficaz: lágrimas artificiais (colírios sem conservantes), anti‑inflamatórios quando indicados, e procedimentos como oclusão dos pontos lacrimais conforme decisão do oftalmologista.
  • O que fazer no dia a dia?
    Pisque mais, faça pausas ao usar ecrãs, evite ar seco e vento, use humidificadores e colírios lubrificantes sem conservantes.

Se os sintomas persistirem ou houver sinais de gravidade, não adie a consulta; procure um oftalmologista.

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