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Dor nas juntas: causas, sinais e o que fazer
Se você sente dor nas juntas, este texto explica as principais causas, como diferenciar os tipos de dor e quais medidas buscar para aliviar o desconforto e prevenir sequelas.
Principais pontos
- Dor nas juntas pode ser mecânica (desgaste) ou inflamatória (doença autoimune, infecção ou cristais).
- Exemplos: osteoartrite (artrose) é mecânica; artrite reumatoide e espondiloartrites são inflamatórias.
- Dor mecânica piora com o movimento; dor inflamatória costuma causar rigidez matinal.
- Tratamento varia: fisioterapia, exercícios, controle de peso, medicamentos específicos e, quando necessário, cirurgia.
- Procure reumatologista para investigação; ortopedista em caso de lesão traumática.
Causas principais
A dor nas juntas divide-se basicamente em dois grupos:
- Dor mecânica: resulta do uso e do desgaste articular. A osteoartrite é a forma mais comum: a cartilagem se desgasta, há atrito entre ossos e formação de esporões. A dor tende a agravar ao longo do dia e ao realizar esforço.
- Dor inflamatória: deriva de processos inflamatórios — doenças autoimunes (artrite reumatoide, lúpus), infecções articulares ou depósitos de cristais (gota). Costuma vir acompanhada de rigidez prolongada ao acordar e melhora com o movimento ao longo do dia.
Sinais que ajudam a diferenciar
- Aumenta com uso e melhora em repouso → provavelmente mecânica.
- Mais intensa pela manhã com rigidez prolongada → provavelmente inflamatória.
- Inchaço, calor ou vermelhidão local → sinal de inflamação ou infecção.
- Dor súbita após trauma → procure ortopedista para excluir lesão.
Dor por região
- Mãos: frequentemente artrose; artrite reumatoide pode causar dor, calor, inchaço e deformidades com o tempo.
- Joelhos e pernas: o joelho é muito afetado por osteoartrite; espondiloartrites também atingem joelhos e articulações periféricas.
- Pés: podem manifestar artrite reumatoide ou problemas mecânicos relacionados ao apoio e calçados.
- Quadril: causas comuns incluem osteoartrite e espondiloartrites.
Avaliação e diagnóstico
O diagnóstico requer história clínica, exame físico e, quando indicado, exames de imagem (raio‑X, ultrassom, ressonância) e exames laboratoriais para detectar inflamação ou autoanticorpos. Diagnóstico precoce reduz risco de dano articular permanente.
Tratamento
O tratamento depende da origem da dor nas juntas:
- Dor mecânica: fisioterapia, exercícios orientados, ganho de força muscular, controle de peso, adaptações ergonômicas e, se preciso, analgésicos/anti‑inflamatórios. Em casos avançados, procedimentos ortopédicos.
- Dor inflamatória: terapia específica da doença de base (modificadores de resposta imune, biológicos, anti‑inflamatórios). Manter atividade física orientada fora de crises.
- Em ambos os casos, reabilitação e educação sobre medidas de proteção articular são fundamentais.
Prevenção e hábitos saudáveis
- Alimentação equilibrada e natural.
- Exercício físico regular e adequado (fortalecimento, alongamento, exercícios de baixo impacto).
- Evitar movimentos repetitivos e sobrecarga articular.
- Manter peso corporal saudável.
Pequenas mudanças hoje reduzem risco de dores maiores amanhã.
Quando procurar um médico
- Dor intensa ou progressiva que limita atividades.
- Rigidez matinal prolongada (>30 minutos).
- Inchaço, calor ou vermelhidão local.
- Febre associada à dor articular (sugere infecção).
Procure reumatologista para investigação de causas inflamatórias; em caso de trauma ou suspeita de lesão estrutural, procure ortopedista.
Conclusão: se você sente dor nas juntas, identificar se é mecânica ou inflamatória é o primeiro passo. Busque avaliação precoce, siga tratamento adequado e adote hábitos que protejam suas articulações.





