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Você passou por algo que ainda te assusta? Entenda o estresse pós-traumático
Se você viveu um evento ameaçador ou violento e continua sentindo medo, angústia ou recordações constantes, pode estar com estresse pós-traumático (TEPT). Neste texto você vai entender o que é o transtorno, como identificar os principais sintomas, como é feito o diagnóstico, quanto pode durar e quais são as opções de tratamento.
- Transtorno que surge após vivência traumática e causa sofrimento emocional persistente
- Sintomas comuns: memórias invasivas, evitação, hipervigilância, alterações do sono e do humor
- Diagnóstico: feito por profissional que avalia evento, sintomas, duração e impacto na vida
- Tratamento: terapia, técnicas de relaxamento e, quando indicado, medicação
- Procure ajuda de psicólogo ou psiquiatra se os sintomas interferirem no trabalho, sono ou relacionamentos
O que é e quando pode ocorrer
O estresse pós-traumático (TEPT) é uma condição que pode se desenvolver após experiências como abuso, acidentes graves, violência, desastres ou qualquer situação que ameaçou sua integridade ou a de outras pessoas. Nem sempre os sinais aparecem imediatamente: podem surgir semanas, meses ou até anos depois, e variam em intensidade.
Sintomas principais
Fique atento se, após um trauma, você apresentar sintomas que prejudicam sua rotina:
Reexperiência
- Lembranças invasivas e intrusivas do evento
- Pesadelos e flashbacks que fazem reviver o episódio
Evitação e isolamento
- Evitar locais, pessoas ou situações que lembrem o trauma
- Sensação de afastamento emocional de familiares e amigos
Hiperatividade e alerta aumentado
- Dificuldade para dormir e problemas de concentração
- Irritabilidade, respostas de susto exageradas e hipervigilância
Alterações de humor e pensamento
- Culpa, vergonha ou medo persistentes
- Perda de interesse em atividades antes prazerosas
Os sintomas podem variar com a idade e ter intensidade flutuante.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico é clínico e segue critérios padronizados. Um profissional de saúde (psicólogo ou psiquiatra) verifica:
- Se houve um evento traumático relevante
- Quais sintomas surgiram e há quanto tempo persistem (normalmente, o critério mínimo é um mês)
- O impacto desses sintomas na rotina e se podem ser explicados por substâncias ou outro transtorno
Manuais como o DSM-5 orientam a avaliação, mas a entrevista clínica é essencial.
Tempo de duração e evolução
A evolução do TEPT é individual: algumas pessoas melhoram em semanas com tratamento adequado; outras podem ter sintomas por anos. Quanto mais cedo buscar ajuda, maiores as chances de recuperação e melhor prognóstico.
Tratamento: o que pode ajudar
O tratamento combina intervenções psicológicas, apoio e, quando necessário, medicamentos.
- Terapia cognitivo-comportamental (TCC): ajuda a identificar e modificar pensamentos e comportamentos relacionados ao trauma
- Terapia de exposição: acompanhamento profissional para enfrentar memórias ou situações evitadas
- Técnicas de relaxamento e respiração: úteis para reduzir ansiedade e melhorar o sono
- Medicamentos (antidepressivos, ansiolíticos): indicados quando há depressão, ansiedade intensa ou insônia persistente
Acompanhamento contínuo permite ajustar abordagens conforme a resposta individual.
Quando e como procurar ajuda
Procure um psicólogo ou psiquiatra se:
- As lembranças, pesadelos ou sintomas atrapalham o trabalho, o sono ou os relacionamentos
- Você recorre ao álcool ou drogas para lidar com o sofrimento
- Sente-se incapaz de realizar tarefas diárias por causa do medo ou da ansiedade
Buscar ajuda cedo melhora a recuperação e a qualidade de vida.
Conclusão
O estresse pós-traumático não é sinal de fraqueza — é uma resposta do corpo e da mente a algo grave. Fique atento aos sinais (lembranças invasivas, evitação, sono ruim, irritabilidade) e busque diagnóstico profissional se isso prejudicar sua rotina. Psicólogos e psiquiatras podem orientar com terapia, técnicas de relaxamento e, quando necessário, medicação.
Perguntas frequentes
- O que é estresse pós-traumático (TEPT)?
É uma reação intensa e persistente a um trauma. Pode provocar repetidas recordações, hipervigilância e alterações emocionais.
- Quais são os sintomas mais comuns?
Lembranças invasivas, pesadelos, evitamento, hipervigilância, irritabilidade, insônia e sintomas físicos como taquicardia e sudorese.
- Como é feito o diagnóstico?
Por avaliação clínica de psicólogo ou psiquiatra, com base no relato do evento, nos sintomas, na duração (geralmente ≥1 mês) e no impacto funcional.
- Quanto tempo pode durar?
Varia: pode melhorar em semanas com tratamento ou persistir por anos. Buscar ajuda cedo é importante.
- Como e quando devo procurar ajuda?
Procure se os sintomas interferirem na vida diária. Terapia, técnicas de relaxamento e, em alguns casos, medicação ajudam.