Você sente dor no polegar pode ser tenossinovite de De Quervain

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Tenossinovite de De Quervain: o que você precisa saber agora

Você sente dor no punho ao mexer o polegar? Pode ser tenossinovite de De Quervain. Este guia explica, de forma clara e direta, causas, sintomas, diagnóstico e tratamento — do repouso à cirurgia — além de dicas de prevenção e fisioterapia para recuperar força e mobilidade.

  • Inflamação dos tendões do polegar que provoca dor no lado do punho
  • Causas frequentes: uso repetido da mão, gravidez, lesão ou doenças inflamatórias
  • Sinais: inchaço, estalido ou movimento em disparo do polegar
  • Diagnóstico clínico; ecografia quando necessário
  • Tratamento: tala, AINEs, infiltração com corticóide, fisioterapia e, raramente, cirurgia

Sintomas: como a lesão aparece no dia a dia

Os sinais mais comuns são fáceis de notar:

  • Dor no lado do punho, na base do polegar
  • Dor ao apertar, torcer ou segurar algo firme
  • Inchaço ou pequeno bulto na borda do punho
  • Sensação de travamento ou movimento em disparo do polegar
  • Dor que pode irradiar para o antebraço
  • Atividades simples (telefone, fraldas, copos) tornam-se dolorosas

Se os sintomas surgem ao repetir gestos, fique atento.

Causas: por que isso acontece

A causa nem sempre é única, mas fatores que aumentam o risco incluem:

  • Uso repetido do punho e do polegar (atividades manuais, cuidar do bebê)
  • Cicatrizes após lesão direta no punho
  • Doenças inflamatórias, como artrite reumatoide
  • Fatores hormonais e retenção de líquidos na gravidez e no pós-parto
  • Faixa etária: mais comum entre 30 e 50 anos, com maior incidência em mulheres

Mecanismo: dois tendões do polegar passam por um pequeno túnel (1º compartimento extensor). A bainha inflama e espessa, dificultando o deslizamento e causando dor.

Diagnóstico: como o médico confirma

O diagnóstico é principalmente clínico:

  • Exame físico com manobras específicas que reproduzem a dor
  • Na maioria dos casos, não são necessários exames de imagem
  • Se houver dúvida, solicitar ecografia para confirmar inflamação da bainha e dos tendões

O exame é rápido e, em geral, bem tolerado.

Tratamento: opções do menos ao mais invasivo

Quando tratado cedo, a condição costuma responder bem. Opções:

  • Descanso e pausa das atividades que irritam
  • Imobilização com tala para polegar e punho
  • Gelo e anti‑inflamatórios (AINEs) para reduzir dor e inchaço
  • Infiltração com corticosteroide na bainha: alívio significativo em muitos casos
  • Fisioterapia: mobilidade, fortalecimento e orientação ergonômica
  • Cirurgia (liberação do 1º compartimento) somente se tratamentos conservadores falharem — resultados geralmente excelentes

Geralmente há melhora em 4 a 6 semanas quando o tratamento é iniciado cedo. Manter a atividade causadora aumenta risco de recidiva.

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Prevenção: mudanças práticas hoje

Pequenas adaptações reduzem muito o risco:

  • Evite movimentos excessivamente repetitivos do punho e polegar
  • Faça pausas regulares em tarefas repetitivas
  • Distribua o esforço ao pegar objetos; segure-os mais próximos do corpo
  • Use ferramentas com cabos ergonômicos para uma pegada neutra
  • Revise técnica em esportes (tênis, golfe) para diminuir estresse no punho
  • Na gravidez e amamentação, varie a posição do bebê e use apoios

Entenda o túnel: imagem simples

Pense no tendão como um cabo que desliza dentro de um cano. Se o cano aperta ou o cabo incha, o deslizamento trava. Na De Quervain, a bainha do túnel se inflama e espessa, causando dor e travamento.

Quem tem maior risco

Mais propensos se:

  • Idade entre 30 e 50 anos
  • Mulheres, especialmente no pós-parto
  • Trabalho manual ou tarefas repetitivas
  • Prática de esportes com pegada forte (tênis, canoagem)
  • Artrite reumatoide ou lesão prévia no punho

O que esperar da recuperação

  • Melhora em 4–6 semanas com tratamento precoce
  • Infiltração tende a resolver muitos casos, especialmente nos primeiros seis meses
  • Se apareceu na gravidez, costuma melhorar após o parto ou fim da amamentação
  • Cirurgia é eficaz para casos persistentes
  • Sem mudança de hábitos, risco de recidiva

Plano de tratamento típico (passo a passo)

  • Repouso e interrupção das ações que irritam
  • Tala para imobilizar polegar e punho
  • Gelo e AINEs para controle sintomático
  • Infiltração com corticoide, se necessário
  • Fisioterapia para recuperar força e mobilidade
  • Cirurgia para liberar os tendões, em casos refratários

O médico escolhe a melhor sequência para cada caso.

Atividades que mais causam o problema (e como reduzir risco)

Atividade Risco Como reduzir
Jardinagem Alto Luvas, cabos longos, dividir tarefas
Tênis / raquete Alto Técnica correta, raquete adequada
Canoagem Alto Alternar mãos, fortalecer punho
Golfe Médio Ajuste do grip, pausas
Boliche Médio Técnica, aquecimento
Segurar bebé muitas vezes Alto Apoios, alternar mãos, almofadas

Use estas medidas para planejar mudanças simples.

Fisioterapia: exercícios e orientações caseiras

O fisioterapeuta pode ensinar:

  • Exercícios de mobilidade suave para punho e polegar
  • Fortalecimento progressivo quando a dor diminui
  • Técnicas de alongamento específicas
  • Orientação ergonômica para tarefas diárias

Comece com exercícios leves em casa, respeitando a dor. Se houver dor intensa, interrompa e busque orientação profissional.

Quando procurar ajuda imediatamente

Procure atendimento se:

  • Dor muito intensa que não alivia com gelo ou medicação simples
  • Bulto doloroso que aumenta
  • Perda de força ou incapacidade de usar o polegar
  • Dor que se espalha pelo antebraço
  • Sintomas iniciados após queda ou lesão direta

Quanto mais cedo procurar, maiores as chances de cura sem cirurgia.

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Sinais de alerta e possíveis complicações

Sem tratamento, pode haver:

  • Limitação progressiva do movimento
  • Dor que irradia para o antebraço
  • Necessidade de cirurgia se medidas conservadoras falharem

Não ignore os sinais.

Dicas práticas e imediatas

  • Pare a atividade ao sentir dor — não insista
  • Aplique gelo 15–20 minutos, várias vezes ao dia
  • Use tala durante repouso e tarefas que exigem apoio
  • Faça pausas a cada 20–30 minutos em atividades repetitivas
  • Reorganize o espaço de trabalho para reduzir esforço do punho
  • Ao amamentar, varie a posição do bebê e use apoios
  • Consulte um profissional se a dor persistir por 1–2 semanas

Estudos de caso (resumo)

  • Mãe com bebê de 2 meses: dor no punho por pegar o bebê com frequência — tratada com tala, infiltração e mudanças na postura; melhora em 1 mês.
  • Jardineiro, 42 anos: dor progressiva por uso repetido — repouso, tala, fisioterapia e ajuste de técnica; recuperou sem cirurgia.

Esses exemplos mostram que tratamento precoce e pequenas mudanças costumam resolver.

Perguntas frequentes (FAQ)

  • O que é a tenossinovite de De Quervain?
    Inflamação dos tendões do polegar que passam por um túnel no punho, causando dor e dificuldade de movimento.
  • Como diferenciar essa dor de outras?
    A dor fica no lado do polegar e piora ao pegar ou torcer; pode haver inchaço e sensação de disparo.
  • Posso usar calor em vez de gelo?
    No início, gelo é melhor para reduzir inflamação. O calor pode ajudar na fase crônica para relaxar, mas não substitui o gelo na fase aguda.
  • A infiltração de corticoide é perigosa?
    É segura quando aplicada corretamente; há pequeno risco de efeito local. O médico avalia benefícios e riscos.
  • A cirurgia deixa cicatriz grande?
    Normalmente a cicatriz é pequena e a recuperação da função é boa.
  • Vou perder movimentos do polegar para sempre?
    Raramente. Com tratamento adequado, a função costuma retornar.

Conclusão

Se você sente dor no punho ao mexer o polegar, muito provavelmente é algo tratável — especialmente com intervenção precoce. Pense nos tendões como um cabo que desliza num cano: quando a bainha incha, o cabo emperra e surge dor, estalido ou travamento. O caminho costuma ser simples: descanso, tala, gelo, anti‑inflamatórios; se necessário, infiltração com corticoide e, em último caso, cirurgia. A fisioterapia é fundamental para recuperar força e mobilidade. Pequenas mudanças diárias — pausas, ajustar como segurar objetos e usar ferramentas ergonômicas — reduzem muito as recaídas. Quanto antes procurar ajuda, maiores as chances de cura sem operação.

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