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Você quer entender o que é a epicondilite e por que ela vira o cotovelo de tenista? Aqui você encontra explicação das causas. Leia e cuide do seu cotovelo.
- Epicondilite causa dor no cotovelo e fraqueza no antebraço
- Tenistas têm mais risco, especialmente quem usa backhand com uma mão
- Movimentos repetitivos e pegada ou grip inadequados provocam a lesão
- Diagnóstico é feito pelo exame e pode ser confirmado por ultrassom ou ressonância
- Tratamento é normalmente sem cirurgia; cirurgia só é indicada se não houver melhora após tratamento prolongado
Epicondilite e o tênis: o essencial para quem joga
Se você joga tênis, saiba que a epicondilite é a principal causa de dor no cotovelo e afeta cerca de 2% da população em algum momento da vida. A forma lateral dessa lesão — o chamado cotovelo de tenista — aparece com frequência entre praticantes e representa uma parcela importante dos quadros relacionados ao cotovelo. Entre tenistas amadores e profissionais, estudos clínicos indicam que de 40% a 50% podem sentir dor no cotovelo por epicondilite ao longo da carreira.
Causas e fatores de risco
Você pode desenvolver epicondilite quando repete movimentos do punho ou dos dedos que exigem extensão (levantar a mão) ou flexão (baixar a mão). Os tendões que controlam esses movimentos nascem nas regiões lateral e medial do cotovelo. O esforço repetido gera primeiro inflamação (tendinite) e, com o tempo, alterações nas fibras de colágeno que causam dor crônica e perda de força. Fatores genéticos podem aumentar a predisposição.
Erros na técnica aumentam seu risco. O golpe de backhand com uma mão tende a sobrecarregar mais a musculatura do antebraço do que o backhand com duas mãos. Segurar a raquete com força excessiva, dobrar demais o punho, usar um grip inadequado e treinar em excesso também favorecem a lesão.
Sintomas e diagnóstico
Na maioria dos casos, você sente dor localizada na parte lateral ou medial do cotovelo, que costuma irradiar para o antebraço. Pode haver fraqueza ao agarrar ou carregar objetos. O início é frequentemente gradual, sem um trauma evidente.
Um histórico clínico detalhado e o exame físico muitas vezes bastam para o diagnóstico. Radiografia do cotovelo é usada para excluir outras causas. Ultrassonografia e ressonância magnética têm boa precisão e são solicitadas para confirmar o problema quando necessário.
Tratamento e orientação sobre parar de jogar
Nem sempre é preciso interromper o tênis por completo. A decisão depende da intensidade da dor, da duração dos sintomas e da resposta ao tratamento. Reduzir a carga de treinos e partidas costuma ser a primeira medida recomendada; converse com seu treinador e seu médico.
Procure um ortopedista, preferencialmente com experiência em cotovelo, para avaliação e plano de cuidado. Na prática clínica, cerca de 98% dos pacientes melhoram com medidas não cirúrgicas bem conduzidas. Quando essas medidas são aplicadas corretamente por 3 a 6 meses sem efeito, a cirurgia pode ser considerada.
O procedimento cirúrgico, feito por via aberta ou artroscópica, consiste em remover a porção doente do tendão e criar uma área com melhor vascularização para facilitar a cicatrização dos tecidos remanescentes. Estudos comparativos não demonstram vantagem clara de uma técnica sobre a outra.
Conclusão
A epicondilite, o conhecido cotovelo de tenista, é uma causa comum de dor no cotovelo por movimentos repetitivos e por técnica ou grip inadequados. O diagnóstico é, na maioria das vezes, clínico e confirmado por imagem quando necessário.
A boa notícia: cerca de 98% dos casos melhoram com tratamento não cirúrgico — reduzir a carga, ajustar a técnica, procurar um ortopedista e apostar na fisioterapia costumam resolver. Só se as medidas bem conduzidas falharem por 3 a 6 meses é que a cirurgia entra na conversa.
Em suma: cuide cedo, faça os ajustes certos e não entre em pânico — um pequeno conserto na sua mecânica pode devolver força e conforto ao seu braço.
Perguntas frequentes
- O que é epicondilite (cotovelo de tenista)?
Epicondilite é dor nos tendões do cotovelo. Surge por uso repetitivo do punho e dedos. Pode ser lateral (mais comum) ou medial.
- O que causa o cotovelo de tenista?
Movimentos repetidos de extensão ou flexão do punho. Backhand com uma mão, grip errado e treinos excessivos aumentam o risco. Fatores genéticos também podem influenciar.
- Como é feito o diagnóstico da epicondilite?
Médico avalia a história e o exame físico. Raio‑X exclui outras lesões. Ultrassom ou ressonância confirmam a lesão nos tendões.
- Preciso parar de jogar tênis?
Nem sempre. Reduza carga de treinos e jogos. Corrija a técnica e o grip. Pare só se a dor for intensa ou não melhorar com tratamento.
- Como posso tratar a epicondilite e quando operar?
Tratamento inicial: repouso relativo, gelo, anti‑inflamatórios, fisioterapia e órtese. Infiltrações ou PRP são opções. Cirurgia só se 3 a 6 meses de tratamento bem feito não resolver.





