Vitamina B3 saiba quando ela ajuda seu corpo e quando pode fazer mal

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Vitamina B3 (niacina): o que você precisa saber

Quer entender a vitamina B3, também chamada de niacina? Aqui você vai descobrir por que ela é vital para o metabolismo, para a síntese de DNA, para a saúde da pele, quais são as melhores fontes alimentares, os sinais de deficiência, quando procurar o médico, como é o exame que avalia os níveis e por que o excesso pode ser perigoso. Um estudo do National Heart, Lung, and Blood Institute relacionou níveis muito altos à maior risco cardiovascular — portanto, consulte seu médico antes de usar suplementação.

Resumo rápido

  • Niacina (vitamina B3) ajuda a transformar alimentos em energia e protege o DNA.
  • Deficiência grave causa pelagra: lesões de pele, diarreia e confusão mental.
  • Excesso, especialmente por suplementos, pode causar flush, dano ao fígado e risco cardíaco.
  • Boas fontes: carnes, peixes, cereais enriquecidos e leguminosas.
  • Suplementar só com orientação médica e confirmar níveis por exame de sangue.

O que é a vitamina B3 (niacina)?

A niacina é uma vitamina do complexo B, solúvel em água — o corpo não a armazena por muito tempo e o que sobra é eliminado na urina. Parte é sintetizada a partir do aminoácido triptofano, mas a maior parte precisa vir da alimentação.


Principais funções da niacina

  • Produção de energia: ajuda a converter alimentos em energia para as células.
  • Reparação do DNA: participa de processos de reparo do material genético.
  • Função cerebral: atua em processos metabólicos do cérebro.
  • Regulação do colesterol: em doses controladas pode aumentar o HDL (colesterol bom) — porém esse uso é médico e exige supervisão.

O complexo B em poucas palavras

O complexo B reúne vitaminas que atuam em conjunto no metabolismo energético (B1, B2, B3, B5, B6, B7, B9, B12). Cada uma tem funções específicas, mas muitas colaboram na produção de energia celular.


Sinais de deficiência: quando ligar o alarme

A falta séria de niacina causa pelagra, com os clássicos 3 Ds:

  • Dermatite: lesões na pele, especialmente em áreas expostas ao sol.
  • Diarreia: problemas digestivos persistentes.
  • Demência: alterações de memória, confusão e mudança de comportamento.

Se houver combinação desses sintomas, procure atendimento médico — a pelagra é tratável, mas pode ser grave se não for manejada.


Quando procurar um médico

Procure se:

  • Tem lesões de pele persistentes.
  • Sofre de diarreia que não melhora.
  • Nota confusão, esquecimento ou mudança de comportamento.
  • Há histórico de desnutrição, consumo crônico de álcool ou cirurgia/condição que afeta absorção intestinal.
  • Está pensando em tomar suplementos em altas doses por conta própria.
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O médico avaliará sinais, pedirá exames se necessário e indicará tratamento.


Exames que avaliam a niacina

O exame principal é a dosagem sérica de niacina; alguns laboratórios medem também metabólitos urinários. É um exame de sangue simples; confirme preparo com o laboratório local.

Custo estimado (privado): entre R$ 50 e R$ 300, dependendo da cidade e do laboratório. No SUS, o exame pode ser solicitado quando houver suspeita clínica, embora não seja sempre rotineiro.


Fontes alimentares de niacina

Uma dieta variada geralmente supre as necessidades. Principais fontes:

  • Carnes: peito de frango, peru, carne bovina magra.
  • Peixes: atum, salmão, sardinha.
  • Leguminosas: feijão, lentilha.
  • Oleaginosas: amendoim.
  • Cereais integrais e farinhas enriquecidas.
  • Cogumelos e levedo de cerveja.

Tabela: niacina aproximada por 100 g (valores estimados)

Alimento Niacina aproximada (mg/100 g)
Peito de frango cozido 10–14
Atum enlatado (em água) 8–12
Salmão cozido 7–10
Carne bovina magra cozida 4–7
Amendoim 12–15
Cogumelos cozidos 3–6
Feijão cozido 1–2
Arroz integral cozido 1–2

Esses números são estimativas e variam conforme preparo e origem.


Necessidades diárias (adultos)

  • Homens: cerca de 16 mg/dia.
  • Mulheres: cerca de 14 mg/dia.

Gravidez, amamentação e condições clínicas podem alterar a necessidade — consulte médico ou nutricionista.


Excesso de niacina: riscos e efeitos colaterais

O maior risco vem de suplementos em altas doses. Efeitos conhecidos:

  • Flush de niacina: vermelhidão, coceira e calor — desconforto comum.
  • Toxicidade hepática: risco de lesão ao fígado com doses elevadas.
  • Sintomas gastrointestinais: náusea, dor abdominal.
  • Alteração da glicemia: pode aumentar açúcar no sangue em diabéticos.
  • Aumento do ácido úrico: pode precipitar crises de gota.
  • Estudos indicam associação entre doses elevadas e maior risco de problemas cardiovasculares em certos contextos.

Regra prática: não tome doses altas sem orientação médica.


Tratamento da deficiência

  • Suplementação de niacina prescrita por médico.
  • Corrigir a causa subjacente (ex.: alcoolismo, má absorção).
  • Melhorar a dieta com alimentos ricos e fortificados.
  • Acompanhamento médico para monitorar resposta e efeitos adversos.

Em casos de pelagra, o tratamento é urgente e geralmente eficaz se iniciado cedo.


Quando a suplementação é indicada

  • Deficiência comprovada clinicamente ou por exames.
  • Terapia médica específica (ex.: controle de lipídios) sob supervisão.
  • Quando dieta inadequada e risco de carência são identificados pelo profissional.

Se a intenção for melhorar colesterol ou aumentar energia, converse com seu médico antes de iniciar.

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Situações de maior risco de deficiência

  • Consumo crônico de álcool.
  • Cirurgias digestivas ou doenças que reduzem absorção.
  • Desnutrição ou dietas muito restritas.
  • Insegurança alimentar.

Nessas situações, o médico pode solicitar exames ou recomendar suplementação.


Interações e precauções

  • Informe o médico se usa estatinas ou outros medicamentos para colesterol.
  • Pessoas com doença hepática, diabetes ou gota precisam de atenção extra.
  • Gravidez e amamentação exigem ajuste de doses com orientação médica.
  • Não combine altas doses de niacina com outras terapias sem supervisão.

O que fazer se houver sintomas de excesso

Se após um suplemento você apresentar vermelhidão intensa, coceira, dor abdominal, fraqueza ou icterícia (pele amarelada), procure atendimento médico imediatamente. Para flush leve, reduzir a dose ou usar anti-histamínicos só com orientação profissional.


Dicas práticas para garantir niacina pela dieta

  • Inclua proteína no almoço e jantar (peixe, frango, feijão).
  • Consuma amendoim ou pasta de amendoim com moderação como lanche.
  • Prefira cereais integrais e alimentos minimamente processados.
  • Aproveite alimentos fortificados (farinhas enriquecidas).
  • Vegetarianos/veganos: combine grãos e leguminosas e consulte um nutricionista para evitar déficit.

Perguntas frequentes (respostas rápidas)

  • Posso obter niacina só com a dieta?
    Sim — a maioria das pessoas consegue com uma dieta variada.
  • Suplementos são perigosos?
    Não necessariamente, mas doses altas sem supervisão podem causar problemas.
  • O exame é complicado?
    Não — é um exame de sangue simples (dosagem sérica de niacina).
  • Quem usa niacina para colesterol precisa se preocupar?
    Sim — esse uso deve ser feito com acompanhamento médico por riscos ao fígado e possíveis sinais de risco cardiovascular em estudos.

Passos práticos agora

  • Fale com seu médico antes de iniciar qualquer suplementação.
  • Procure atendimento se tiver lesões na pele, diarreia persistente ou confusão.
  • Se quiser checar níveis, converse sobre a dosagem sérica de niacina.
  • Priorize ajustes dietéticos antes de recorrer a suplementos.
  • Evite comprar altas doses por conta própria.

Conclusão

A niacina (vitamina B3) é essencial: ajuda a gerar energia e a reparar o DNA. Em doses adequadas traz benefícios; em excesso, especialmente por suplementos em altas doses, pode causar flush, lesão hepática e riscos cardiovasculares. Priorize equilíbrio e fontes alimentares (carnes, peixes, leguminosas, cereais enriquecidos). Fique atento aos sintomas e consulte seu médico para exames e orientação antes de suplementar.

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