Treinamento funcional pode melhorar sua qualidade de vida na terceira idade, diz revisão de estudos
Um levantamento bibliográfico recente indica que o treinamento funcional tem impacto positivo na qualidade de vida de pessoas idosas. A análise reúne evidências de que exercícios multiplanares e integrados aumentam força, equilíbrio, resistência e capacidade cognitiva, reduzindo o risco de quedas e auxiliando nas tarefas diárias.
Principais conclusões
A revisão aponta que o treinamento funcional:
- Melhora força muscular e potência.
- Aumenta equilíbrio e controle postural.
- Eleva resistência cardiorrespiratória e flexibilidade.
- Contribui para ganhos cognitivos e bem‑estar afetivo.
- Reduz fatores de risco como hipertensão e problemas metabólicos, quando combinado com orientação profissional.
Se você é idoso ou cuida de alguém nessa faixa etária, o estudo sugere que a prática adaptada ao nível de cada pessoa e orientada por profissionais pode preservar a autonomia.
Contexto demográfico
A população idosa no Brasil cresce rapidamente. Dados do IBGE e estimativas internacionais apontam aumento da expectativa de vida e maior participação de pessoas com 60 anos ou mais na população total. Esse cenário amplia a necessidade de estratégias que mantenham a capacidade funcional e reduzam demandas sobre serviços de saúde.
O que é treinamento funcional
Treinamento funcional refere‑se a exercícios que imitam movimentos do cotidiano. Em vez de trabalhar músculos isolados, o método integra vários grupos musculares em movimentos multiplanares e multiarticulares. Estudos descrevem o método como dinâmico, adaptável ao nível físico de cada pessoa e focado em melhorar a eficiência neuromuscular para atividades diárias.
Benefícios observados e mecanismos
Pesquisas revisadas indicam que os principais benefícios ocorrem por meio de:
- Estímulo proprioceptivo que melhora a consciência corporal e o equilíbrio.
- Aumento da massa e força muscular, reduzindo risco de quedas e fraturas.
- Melhora na capacidade aeróbica e no controle metabólico, auxiliando no manejo da glicemia e da pressão arterial.
- Efeitos positivos em aspectos cognitivos e sociais, como humor e interação.
Os ganhos são mais sólidos quando o treino é regular, progressivo e monitorado por profissionais qualificados.
Metodologia do levantamento
A conclusão vem de uma revisão bibliográfica que compilou artigos, teses e dissertações em bases como SciELO e Google Acadêmico, privilegiando publicações dos últimos dez anos. A abordagem qualitativa buscou sintetizar evidências sobre envelhecimento, treinamento funcional e benefícios específicos para idosos.
Limitações e recomendações
Os autores observam poucas pesquisas de longo prazo e carência de estudos comparativos que acompanhem mudanças na qualidade de vida ao longo do tempo. Recomenda‑se mais pesquisa controlada e longitudinal. Enquanto isso, profissionais de saúde são aconselhados a considerar o treinamento funcional como alternativa viável e de baixo custo para programas de promoção da saúde na terceira idade, sempre respeitando limitações individuais.





