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Unha encravada: causas, sintomas, tratamento e prevenção
Neste artigo você vai entender o que é a unha encravada, como reconhecer os principais sintomas (dor, vermelhidão, inchaço, pus), as causas mais comuns, opções de tratamento — do cuidado caseiro ao procedimento com o dermatologista — e quando procurar ajuda. Também trazemos um remédio caseiro simples e dicas de prevenção, especialmente importantes para quem tem diabetes ou má circulação.
- Definição: a borda da unha cresce para dentro da pele, causando dor e inflamação.
- Sintomas: dor, vermelhidão, inchaço, secreção (pus) e, em casos crônicos, granuloma.
- Causas: cortar a unha errado, sapatos apertados, traumas repetidos, unhas muito curvas, higiene inadequada.
- Tratamento: varia de banhos mornos e elevação com algodão a antibióticos e cirurgia.
- Prevenção: cortar as unhas retas, usar calçados confortáveis e consultar o médico ao notar infecção.
Quando a unha começa a incomodar: o que fazer agora
Se sentir pontada, ardor ou notar vermelhidão e secreção, a chance de unha encravada é alta. Em casos leves, faça cuidados imediatos em casa; se houver pus, dor intensa, febre ou você tiver diabetes, procure atendimento médico rapidamente.
O que é uma unha encravada
Uma unha encravada (onicocriptose) ocorre quando a borda da unha cresce em direção à pele, provocando inflamação, dor e, muitas vezes, infecção. Sem tratamento pode piorar e causar recorrência.
Sintomas que você não pode ignorar
- Dor ou sensibilidade no canto do dedo.
- Vermelhidão ao redor da unha.
- Inchaço do dedo.
- Secreção com pus (infecção).
- Sensação de calor local.
- Formação de tecido vermelho e macio (granuloma) em casos crônicos.
Se você tem diabetes ou circulação prejudicada, qualquer sinal deve ser avaliado por profissional.
Como confirmar: o que o médico faz
O diagnóstico é, na maioria dos casos, clínico: história e exame físico. O médico pode:
- Perguntar sobre início, esportes, calçados e tratamentos anteriores.
- Examinar a unha e palpar o dedo.
- Pedir raio‑X se suspeitar de problemas ósseos como exostose subungueal.
Principais causas da unha encravada
- Cortar a unha errado (arredondando cantos).
- Sapatos apertados ou biqueira fina.
- Traumas repetidos (corrida, futebol).
- Unhas naturalmente curvas ou espessas.
- Umidade constante ou higiene inadequada.
- Doenças como diabetes; certos medicamentos que alteram o crescimento ungueal.
Geralmente há mais de um fator contribuindo.
Quem tem mais risco
- Usuários frequentes de calçados apertados.
- Pessoas com unhas muito curvas ou espessas.
- Praticantes de esportes que comprimem os dedos.
- Portadores de diabetes ou má circulação.
- Histórico de encravamento anterior.
Tratamentos que o médico pode indicar
Depende da gravidade:
- Casos leves:
- Orientação sobre corte correto.
- Elevar a borda com algodão ou fita.
- Próteses ou faixas corretivas.
- Analgésicos simples (paracetamol, ibuprofeno).
- Infecção:
- Antibiótico oral ou tópico quando indicado.
- Higiene local e curativos.
- Casos graves ou recorrentes:
- Remoção parcial da unha (anestesia local).
- Matricectomia química (fenol) ou eletrocautério/laser para evitar recidiva.
- Em poucos casos, remoção total da unha.
O médico explicará riscos, benefícios e cuidados pós‑procedimento.
Tabela rápida: leve vs moderado vs grave
Situação | O que é indicado |
---|---|
Leve (dor sem pus) | Cuidados domiciliares, banho morno, algodão sob a unha |
Moderada (inchaço secreção leve) | Antibiótico se necessário, curativos, possível retirada parcial |
Grave (pus, dor intensa, recorrência) | Procedimento cirúrgico, tratamento do tecido infectado |
Remédios caseiros que podem ajudar — e o que evitar
Cuidados caseiros úteis (apenas em casos leves):
- Banhos de imersão: água morna com sal por 10–20 minutos, 2–3 vezes ao dia.
- Manter o pé limpo e seco entre os banhos.
- Elevar a borda com um pequeno pedaço de algodão ou fio dental limpo; trocar diariamente.
- Usar sapatos mais largos, sandálias ou chinelos até melhorar.
- Analgésicos comuns conforme bula.
O que NÃO fazer:
- Não corte a unha profundamente no canto.
- Não tente arrancar a unha sozinho.
- Não use substâncias agressivas ou cortes sem assepsia.
- Evite pomadas ou tratamentos sem orientação se houver pus intenso.
Como cortar a unha corretamente
- Corte as unhas retas, seguindo a largura natural.
- Não arredonde os cantos nem corte muito curto.
- Use cortadores/tesouras limpos.
- Se a unha estiver muito espessa, procure um podólogo.
Procedimentos médicos: o que esperar
- Remoção parcial: rápida, com anestesia local.
- Matricectomia química (fenol): evita que a borda volte a crescer.
- Eletrocautério/laser: métodos modernos com boa eficácia.
- Remoção total: raramente necessária, para unhas deformadas.
Pós‑operatório: manter curativo, evitar molhar conforme orientação e seguir uso de medicamentos prescritos.
Granuloma: quando a inflamação vira tecido extra
O granuloma piogênico é um tecido vermelho e macio que sangra facilmente. Geralmente exige remoção e controle da causa (a unha encravada).
Quando procurar urgência
Procure atendimento imediato se:
- Você tem diabetes e qualquer sinal de infecção.
- Há pus, mau cheiro ou sangramento intenso.
- Dor muito intensa ou febre.
- Sinais de infecção que se espalham.
- Piora apesar de cuidados domiciliares.
A demora pode levar a complicações.
Prevenção: hábitos simples que evitam recidiva
- Corte reto e não muito curto.
- Use calçados do tamanho certo; evite biqueira estreita.
- Escolha meias e calçados adequados para esportes.
- Lave e seque bem os pés, secando entre os dedos.
- Prefira meias de algodão quando possível.
- Consulte um podólogo para unhas espessas ou deformadas.
- Controle doenças crônicas como diabetes.
Situações especiais: diabéticos e má circulação
Em pessoas com diabetes ou má circulação a cicatrização é mais lenta e o risco de infecção profunda é maior. Não tente resolver sozinho — procure avaliação profissional ao primeiro sinal.
Perguntas frequentes (FAQ)
- Posso tirar a unha em casa?
Não. Evite arrancar a unha sozinho; pode agravar a infecção.
- Banho de sal resolve sozinho?
Em casos leves, muitas vezes ajuda. Se houver pus ou piora, consulte o médico.
- Quanto tempo para curar?
Casos leves melhoram em dias; após cirurgia, a recuperação pode levar semanas.
- Antibiótico é sempre necessário?
Nem sempre. Só quando há sinais claros de infecção; o médico decide.
Exemplos práticos: o que fazer nos primeiros dias
- Dor no canto: lave, faça banho morno com sal por 15 minutos; repita 2x ao dia se melhorar.
- Vermelhidão e inchaço: mantenha limpo, eleve a borda com algodão limpo e marque consulta.
- Presença de pus: procure médico — pode ser necessário antibiótico e curativo.
Terapias complementares e conforto
- Elevar o pé para reduzir inchaço.
- Evitar ficar em pé por longos períodos.
- Usar calçados confortáveis e abertos.
- Aplicar gelo envolto em pano por 10 minutos para aliviar dor (sem contato direto).
Essas medidas são temporárias e não substituem tratamento quando necessário.
O papel do podólogo
O podólogo é especialista em cuidados dos pés: faz cortes corretos, trata unhas espessas e encaminha ao médico quando preciso. Procure-o se o problema for recorrente.
Como o médico escolhe o tratamento
Avalia grau da inflamação, presença de infecção, recorrência e sua condição geral (ex.: diabetes). A partir daí indica desde medidas simples até cirurgia.
Mitos e verdades
- Mito: só acontece por cortar a unha errado.
Verdade: cortar errado é comum, mas sapatos apertados e genética também influenciam.
- Mito: arrancar resolve tudo.
Verdade: arrancar sozinho pode causar infecção e recidiva.
- Mito: acontece só no dedão.
Verdade: é mais comum no dedão, mas pode ocorrer em outros dedos e nas mãos.
Bibliografia e fontes confiáveis
Procure informações em materiais da Sociedade Brasileira de Dermatologia, guias clínicos de hospitais e publicações sobre onicocriptose e tratamento de unhas encravadas. Prefira fontes oficiais e profissionais de saúde.
Conclusão
A unha encravada incomoda e pode evoluir para infecção se não tratada. Em casos leves, inicie cuidados domésticos (banho morno, algodão, corte reto) e observe. Nunca arranque a unha sozinho. Se houver sinais de infecção, pus ou se você tem diabetes, procure avaliação médica rapidamente. Para evitar recidivas, invista em prevenção: corte correto, calçados adequados e higiene.
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