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Raquitismo: o que é, sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção
Aqui você vai entender o que é o raquitismo e como ele difere da osteomalácia, conhecer os principais sintomas e as causas mais comuns (falta de vitamina D, cálcio e fósforo), saber como é feito o diagnóstico, quais são as opções de tratamento e receber dicas práticas de prevenção por meio da dieta, exposição solar e suplementos. Buscar ajuda médica cedo evita complicações e deformidades ósseas em crianças e adolescentes.
Principais pontos
- Raquitismo: enfraquecimento e deformidade óssea por deficiência de vitamina D/minerais.
- Ocorre principalmente em crianças e adolescentes porque atinge a placa de crescimento.
- Sintomas: pernas arqueadas, dor óssea, atraso no desenvolvimento motor, moleira aberta, nódulos ósseos.
- Diagnóstico: exame clínico, imagens (raio‑X) e exames de sangue (vitamina D, cálcio, fósforo, fosfatase alcalina).
- Prevenção: exposição solar segura, dieta rica em vitamina D e cálcio, suplementação quando indicada.
O que você precisa saber agora sobre raquitismo
Se desconfia do seu filho, saiba como identificar, prevenir e agir. A informação é direta, prática e voltada para decisões rápidas com o pediatra.
Sinais e sintomas — o que observar
Fique atento se notar:
- Deformidade nas pernas (arco externo ou interno) ao começar a andar.
- Dor ou sensibilidade óssea ao movimentar-se.
- Atraso no desenvolvimento motor (sentar, engatinhar, andar).
- Fontanela (moleira) que demora a fechar em bebês.
- Nódulos ósseos próximos às junções (rosário).
- Fraturas frequentes sem trauma significativo.
- Fraqueza muscular e cansaço.
- Problemas dentários, como atraso na erupção dos dentes.
Procure um médico ao observar qualquer desses sinais — diagnóstico precoce facilita o tratamento e evita sequelas.
O que é raquitismo (explicação direta)
O raquitismo é a falta de mineralização adequada dos ossos em crescimento por deficiência de vitamina D, cálcio ou fósforo. Como atinge as placas de crescimento, aparece em crianças e adolescentes e pode causar deformidades.
Raquitismo x Osteomalácia — diferença essencial
- Raquitismo: acomete as placas de crescimento — crianças e adolescentes.
- Osteomalácia: afeta o osso já formado (adultos).
Ambas têm causas e sintomas semelhantes, mas ocorrem em faixas etárias diferentes; exames médicos diferenciam os dois.
Causas mais comuns
- Baixa ingestão de vitamina D ou cálcio na dieta.
- Pouca exposição ao sol (principal fonte de vitamina D).
- Doenças que prejudicam a absorção (intestino, fígado, rins).
- Formas genéticas raras que alteram o metabolismo do fósforo, cálcio ou vitamina D.
Tipos de raquitismo
- Nutricional: por deficiência alimentar de vitamina D/cálcio.
- Por má absorção: secundário a doenças intestinais, renais ou hepáticas.
- Genético: formas raras, muitas vezes precoces.
Identificar o tipo é fundamental para definir o tratamento.
Como é feito o diagnóstico
O médico faz:
- Entrevista sobre histórico familiar e dieta.
- Exame físico para identificar deformidades.
- Raio‑X para avaliar as placas de crescimento.
- Exames de sangue e urina: níveis de vitamina D, cálcio, fósforo, fosfatase alcalina.
- Em alguns casos, testes genéticos.
Quem tem maior risco
Risco aumentado em crianças com:
- Dieta pobre em cálcio/vitamina D.
- Pouca exposição solar (vida indoor, pele sempre coberta).
- Amamentação exclusiva prolongada sem suplementação de vitamina D (se a mãe estiver deficiente).
- Pele escura (melanina reduz síntese de vitamina D).
- Doenças que afetam absorção ou metabolismo.
Converse com o pediatra sobre monitoramento se houver fatores de risco.
Profissionais para procurar
- Pediatra: primeiro contato.
- Endocrinologista pediátrico: problemas hormonais/metabólicos.
- Ortopedista infantil: avaliação das deformidades.
- Nutricionista: ajuste da dieta.
- Nefrologista/gastroenterologista: quando há doença renal ou intestinal associada.
Tratamento — o que esperar
Depende da causa:
- Suplementação de vitamina D, cálcio e/ou fósforo conforme prescrição.
- Ajuste da dieta para incluir fontes desses nutrientes.
- Órteses ou cirurgia em deformidades severas.
- Tratamento da doença de base (renal, intestinal) quando presente.
Objetivos: interromper a progressão, aliviar a dor e restaurar o desenvolvimento.
Prevenção — medidas práticas
- Ofereça dieta rica em vitamina D e cálcio.
- Promova exposição solar regular e segura.
- Siga orientação médica sobre suplementação.
- Acompanhe o crescimento em consultas regulares.
- Identifique e trate doenças que prejudicam a absorção.
Dieta recomendada
Inclua:
- Fontes de vitamina D: peixes gordurosos (salmão, sardinha), ovos e alimentos fortificados.
- Fontes de cálcio: leite, iogurte, queijos, verduras folhosas escuras (couve) e alimentos fortificados.
- Fontes de fósforo: carnes, peixes, ovos, leguminosas e laticínios.
Famílias com dietas restritivas (vegana) devem consultar um nutricionista para suplementação adequada.
Sol e vitamina D — orientações práticas
- A principal forma natural de obter vitamina D é a exposição solar.
- Exposição curta e regular costuma ser suficiente; alguns minutos diários em braços e pernas, adaptados por idade, cor de pele e região.
- Evitar horários de pico e proteger a pele quando necessário.
- Bebês menores de seis meses não devem tomar sol direto sem orientação médica.
Suplementos — quando e como usar
- Bebês amamentados exclusivamente podem precisar de suplementação de vitamina D.
- Crianças com pouco sol, pele escura ou doenças crônicas podem necessitar de doses regulares.
- Em deficiência comprovada, o médico ajusta vitaminoterapia e minerais.
Importante: não dê suplementos por conta própria — doses excessivas podem causar intoxicação.
Possíveis complicações sem tratamento
- Deformidades ósseas permanentes (pernas arqueadas).
- Fraturas repetidas e dor crônica.
- Crescimento comprometido e baixa estatura irreversível em casos tardios.
- Alterações na caixa torácica que afetam pulmões e coração.
Por isso, diagnóstico e tratamento rápidos são essenciais.
Quando buscar ajuda médica (sinais de alerta)
Procure imediatamente se notar:
- Deformidade que se agrava.
- Atraso significativo para engatinhar, sentar ou andar.
- Fraturas sem trauma.
- Fontanela muito aberta ou alterações cranianas.
- Dor óssea intensa ou fraqueza que limita movimentos.
Exames que o médico pode pedir
- Raio‑X das áreas afetadas.
- Exames de sangue: vitamina D, cálcio, fósforo, fosfatase alcalina.
- Exame de urina para avaliar perda de minerais.
- Exames genéticos ou complementares quando necessário.
Tratamento da causa
Se o raquitismo é secundário a outra doença (renal, intestinal), é preciso tratar a causa para resolver o problema ósseo. Isso pode envolver terapias específicas e acompanhamento multidisciplinar.
Prognóstico
- Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, a maioria das crianças melhora significativamente.
- Deficiências nutricionais corrigidas permitem a remineralização óssea.
- Deformidades leves podem se corrigir com o crescimento; as graves podem necessitar de cirurgia.
A atuação rápida dos responsáveis e do médico faz diferença no prognóstico.
Mitos e verdades
- Mito: Só falta sol causa raquitismo. Verdade: o sol é importante, mas dieta e absorção também contam.
- Mito: Raquitismo só aparece em bebês. Verdade: pode afetar pré‑escolares e adolescentes em crescimento.
- Mito: Só acontece em países pobres. Verdade: ocorre em qualquer lugar conforme dieta e estilo de vida.
Plano prático — o que você pode fazer amanhã
- Observe sinais de deformidade ou atraso no desenvolvimento.
- Ajuste a alimentação: inclua peixes gordurosos, laticínios e vegetais folhosos.
- Organize exposição solar curta e regular.
- Consulte o pediatra e leve suas dúvidas.
- Siga prescrições de suplementação quando indicadas.
Perguntas frequentes
- Preciso dar vitamina D ao meu bebê? Consulte o pediatra — muitas vezes, sim, especialmente em amamentação exclusiva.
- Quanto sol é suficiente? Períodos curtos diários, ajustados por cor de pele, clima e região.
- A cirurgia é sempre necessária? Não; só em deformidades severas ou quando o crescimento não corrige a alteração.
Conclusão
O raquitismo é uma condição de fraqueza óssea ligada à falta de vitamina D, cálcio e fósforo, que afeta quem ainda está em crescimento. Fique atento aos sinais — pernas arqueadas, dor, atraso no desenvolvimento — e procure um pediatra. O diagnóstico precoce muda o prognóstico: exposição solar segura, dieta adequada e suplementação orientada evitam sequelas. Sua atenção hoje protege o crescimento de amanhã.
Para se aprofundar e continuar bem informado, leia mais em https://jornalsaudebemestar.com.br.