Quando sua febre merece atenção e como você pode baixar a temperatura

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Guia prático sobre febre: o que é, quando é preocupante e como baixar a temperatura

Você encontrará um guia prático sobre febre — o que é, quando é preocupante e como baixar a temperatura de forma segura. Explico os sinais em bebês, crianças e adultos, causas comuns, tipos de febre, quando procurar ajuda médica e o que fazer em caso de emergência. Linguagem clara e dicas fáceis para cuidar de quem você ama.

Resumo rápido

  • Febre é aumento da temperatura corporal e sinal de defesa do corpo.
  • Procure atendimento se o bebê estiver muito abatido, a febre for muito alta ou houver sinais de alerta.
  • Para aliviar: repouso, hidratação, roupas leves, compressas mornas.
  • Medicamentos como paracetamol ou ibuprofeno ajudam; nunca dê aspirina a crianças.
  • Previna com vacinas, higiene das mãos e evitar contato com pessoas doentes.

O que é febre e por que o corpo reage assim

A febre é uma resposta do sistema imunológico a infecções ou outras agressões. O hipotálamo ajusta o termostato do corpo, elevando a temperatura para dificultar a ação de vírus e bactérias e melhorar a resposta imune. Na maioria dos casos, é sinal de que o corpo está reagindo — mas nem sempre é inofensiva.

O que é considerado febre? — termômetros e números

  • Temperatura normal: cerca de 36,6°C a 37,8°C (varia por hora do dia, atividade, ciclo menstrual).
  • Febre: geralmente acima de 37,8°C.
  • Fevra significativa: a partir de 38°C.
  • Febre muito alta: acima de 39,4°C — requer atenção rápida.

Use sempre um termômetro confiável e siga as instruções do fabricante.

Como medir a temperatura

Tipos de termômetros e quando preferir cada via:

  • Retal: mais preciso em bebês (preferir até 3 anos).
  • De ouvido (tímpano): rápido, exige técnica correta.
  • De testa (arterial temporal): prático para crianças e adultos.
  • Oral ou axilar: comum em adultos; resultados podem variar.

Dica: em bebês até 3 anos, prefira medição retal para maior precisão.

Tabela de febre — bebês, crianças e adultos

Bebês

Idade Temperatura considerada febre
0–28 dias 38°C — procure serviço médico urgente
1–3 meses 38°C — procure orientação médica rapidamente
3–36 meses 38°C — avalie sintomas; procure médico se houver sinais de alerta

Crianças e adultos

Faixa etária Temperatura considerada febre
Crianças (≥ 1 ano) 37,8°C
Adultos 37,8°C
Febre alta 39,4°C

Avalie também o estado geral: uma febre moderada em pessoa bem-hidratada pode ser menos preocupante do que uma febre leve em pessoa muito debilitada.

O que acontece no corpo durante a febre (fisiologia simples)

Quando há invasor, o corpo libera substâncias que atuam no hipotálamo, elevando o ponto de ajuste térmico. Você pode sentir calafrios enquanto a temperatura sobe; depois, o suor ajuda a reduzir a temperatura. Esse processo torna o ambiente corporal menos favorável a microrganismos e aprimora a resposta imune.

Principais causas de febre

Causas frequentes:

  • Infecções virais (gripe, resfriado, COVID-19)
  • Infecções bacterianas (otite, faringite, pneumonia)
  • Vacinas (podem causar febre leve em crianças)
  • Inflamações e doenças autoimunes
  • Reações a medicamentos
  • Calor excessivo / superaquecimento
  • Em raros casos: doenças crônicas, câncer ou infecções ocultas

Se a febre persiste por semanas sem causa aparente, pode ser classificada como febre de origem desconhecida e exigir investigação detalhada.

Tipos de febre — padrões que ajudam no diagnóstico

  • Febre contínua: temperatura mantida elevada sem grandes oscilações.
  • Febre remitente: variações >1°C ao longo do dia, sem normalização completa.
  • Febre intermitente: alterna entre febre e temperatura normal.
  • Febre irregular (séptica): picos altos e quedas bruscas — comum em infecções graves.
  • Febre recorrente (ondulante): episódios intermitentes de febre.

Identificar o padrão ajuda o médico a direcionar a investigação.

Sintomas associados

Além do aumento da temperatura, pode haver:

  • Calafrios, suor, fraqueza, dores no corpo, dor de cabeça
  • Irritabilidade (em crianças)
  • Perda de apetite
  • Em febres altas: confusão, respiração acelerada, taquicardia
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Fique atento aos sinais de alerta abaixo.

Sinais de alerta — quando procurar ajuda médica urgente

Procure atendimento rápido se houver:

  • Bebê menor de 28 dias com febre.
  • Dificuldade para respirar ou respiração muito rápida.
  • Letargia extrema: não acorda, não responde ou está muito sonolento.
  • Convulsões durante a febre.
  • Rigidez de nuca ou cefaleia intensa com vômitos.
  • Erupção cutânea que não desaparece com pressão (manchas roxas/vermelhas).
  • Febre muito alta (> 39,4°C) persistente.
  • Sangramentos incomuns, dor intensa ou sinais de desidratação (pouca urina, boca seca, olhos fundos).

Se houver qualquer um desses sinais, vá para a emergência.

Na consulta médica — informações que ajudam o diagnóstico

Leve ao médico:

  • Horário e data de início da febre.
  • Padrão das temperaturas (hora mais alta, flutuações).
  • Medicamentos usados (nome e horário).
  • Sintomas associados (tosse, dor de garganta, diarreia, vômitos).
  • Vacinações recentes ou contato com pessoas doentes.
  • Exames já realizados.

O médico poderá pedir exames (hemograma, urina, culturas, raio‑X) conforme a suspeita clínica.

Diagnóstico — exames que podem ser solicitados

  • Exames de sangue (hemograma, marcadores de inflamação).
  • Exame de urina.
  • Culturas (sangue, urina, secreções) para identificar bactérias.
  • Raio‑X de tórax se houver suspeita de pneumonia.
  • Outros exames conforme sinais clínicos.

Em bebês muito jovens pode ser necessária internação para observação e tratamento.

Fatores de risco — quem precisa de atenção extra

  • Bebês e crianças pequenas
  • Idosos
  • Pessoas com imunidade baixa (quimioterapia, HIV, corticoides)
  • Doentes crônicos (diabetes, doenças cardíacas)
  • Pacientes com sinais de infecção disseminada

Se você pertence a algum desses grupos, procure o médico ao surgir febre.

Tratamento — medidas práticas

O tratamento depende da causa, mas medidas de suporte aliviam o desconforto:

  • Medidas gerais: repouso, hidratação, roupas leves.
  • Antitérmicos: paracetamol e ibuprofeno reduzem febre e desconforto.
  • Siga dose por peso (em crianças) e intervalos recomendados.
  • Evite automedicação e não combine medicamentos sem orientação.
  • Antibióticos: apenas quando há infecção bacteriana comprovada ou fortemente suspeita e prescrita pelo médico.
  • Tratamentos específicos conforme o diagnóstico.

Bebês menores de 28 dias com febre devem ser avaliados em ambiente hospitalar.

Medicamentos — cuidados e orientações

  • Leia a bula.
  • Dose correta conforme peso (crianças) e intervalos recomendados.
  • Não misture medicamentos sem orientação médica.
  • Retorne ao médico se a febre não baixar ou surgirem sinais de alerta.

Tratamento em bebês — regras especiais

  • Menores de 28 dias: atendimento URGENTE.
  • 1–3 meses: procure orientação médica rapidamente.
  • Ofereça líquidos com frequência; evite remédios sem orientação em recém‑nascidos.
  • Evite tratamentos caseiros excessivos.

Prognóstico e convivendo com a febre

A febre é um sintoma, não uma doença. Na maioria dos casos, com tratamento da causa e suporte, a evolução é favorável. Complicações são raras, mas podem ocorrer — por exemplo, convulsões febris em algumas crianças. Acompanhamento médico reduz riscos.

Complicações possíveis

  • Convulsões febris: geralmente sem sequelas, mas exigem atenção.
  • Desidratação: principalmente com vômito e diarreia.
  • Infecções graves que podem exigir internação.

Convulsões febris — o que fazer

Se ocorrer convulsão:

  • Mantenha a calma.
  • Coloque a pessoa de lado (posição de segurança).
  • Afaste objetos perigosos.
  • Não coloque nada na boca.
  • Cronometre a convulsão; se durar mais de 5 minutos, chame a emergência.
  • Procure atendimento médico assim que possível.

A maioria das convulsões cessa em poucos minutos, mas avaliação médica é necessária.

Como baixar a febre — medidas práticas e seguras

Medidas seguras para aliviar:

  • Compressas frias no tronco e membros: toalha molhada em água fria (não gelada), troque quando aquecer.
  • Repouso: permite que o corpo concentre energia na recuperação.
  • Banho morno: evita choque térmico — não use água muito fria.
  • Roupas leves de algodão: melhor transpiração e ventilação.
  • Hidratação: água, água de coco, sopas leves; ofereça líquidos com frequência em crianças.
  • Alimentação leve: não force o apetite; cuide da nutrição em idosos e doentes crônicos.
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Essas medidas aliviam sintomas e previnem desidratação.

Prevenção — diminuir as chances de febre

  • Higiene das mãos: lavar frequentemente.
  • Vacinação em dia.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Manter ambientes ventilados e limpos.
  • Não superaquecer bebês com muitas camadas de roupa.

Prevenir infecções é a melhor forma de evitar febre.

Situações específicas: quando procurar o médico

Procure orientação médica se:

  • Bebê (especialmente < 3 meses) com febre.
  • Febre alta que não cede com medidas e antitérmicos.
  • Febre por mais de 48 horas em crianças ou por vários dias em adultos sem causa aparente.
  • Sinais de alerta: confusão, respiração difícil, convulsões, erupção cutânea grave.
  • Pessoas imunossuprimidas.

Em caso de dúvida, consulte o serviço de saúde.

O que você não deve fazer

  • Não dê aspirina a crianças.
  • Não administre remédios sem orientação para crianças pequenas.
  • Não espere se o bebê for muito jovem ou apresentar sinais de perigo.
  • Não use remédios vencidos ou de procedência duvidosa.

Conversando com o médico — perguntas úteis

  • Qual pode ser a causa da febre?
  • Preciso de exames? Quais?
  • Posso dar paracetamol/ibuprofeno? Qual dose?
  • Quando devo voltar ou procurar emergência?
  • Preciso ficar em casa ou posso voltar ao trabalho/escola?

Anote as respostas para não esquecer.

Viva com menos medo — o essencial resumido

  • Febre é um sinal, nem sempre algo grave.
  • Meça com termômetro confiável.
  • Use medidas simples: hidratação, repouso, roupas leves, compressas e banho morno.
  • Use antitérmicos conforme orientação; evite aspirina em crianças.
  • Procure atendimento urgente para bebês, sinais de alerta ou febres muito altas que não cedem.

Se quiser ler mais, visite: https://jornalsaudebemestar.com.br

Perguntas frequentes

Q: Quando a febre em bebês merece atenção imediata?
A: Bebê menor de 3 meses com ≥ 38°C (retal) precisa de avaliação urgente. Leve também se o bebê está muito sonolento, não mama, tem dificuldade para respirar, manchas na pele ou convulsão.

Q: A partir de que temperatura é febre em crianças e adultos?
A: Febre costuma ser ≥ 37,8°C. Temperaturas entre 37,5°C e 38°C podem ser consideradas febrícula.

Q: Como posso baixar a febre em casa de forma segura?
A: Repouse, hidrate‑se, use roupas leves, compressas e banho morno. Use paracetamol ou ibuprofeno conforme orientação médica. Nunca dê aspirina a crianças.

Q: Quando procurar médico se a febre não for muito alta?
A: Procure se a febre durar mais de 48–72 horas, se houver dor intensa, erupção, rigidez de nuca, confusão, desidratação ou se a pessoa for imunossuprimida. Em dúvida, consulte o serviço de saúde.

Q: O que fazer se a pessoa tiver convulsão por febre?
A: Deite de lado, proteja a cabeça, não coloque nada na boca. Cronometre a convulsão. Chame emergência se durar mais de 5 minutos ou se a pessoa não recuperar a respiração normalmente.


Conclusão
A febre é um sinal de alerta — um “farol” do corpo. Meça a temperatura, observe o estado geral e cuide do básico: hidratação, repouso, roupas leves, compressas e banho morno. Use antitérmicos (paracetamol ou ibuprofeno) apenas conforme indicação. Nunca dê aspirina a crianças. Lembre‑se: bebês menores de 28 dias exigem avaliação urgente. Na maioria das vezes a evolução é favorável, mas sinais de alerta exigem atendimento imediato. Melhor prevenir do que remediar.

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