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Ictiose: entenda por que sua pele fica tão seca e escamosa
Você vai descobrir o que é a ictiose e por que a sua pele pode ficar tão ressecada, espessa e com muita descamação. Existem formas congênitas (hereditárias) e adquiridas, com causas que vão da genética ao ambiente e a doenças associadas. O diagnóstico nem sempre é simples; o tratamento foca no controle: banhos mornos, hidratação constante e cuidados para evitar infecções. Em casos graves, há medicamentos — como retinoides orais — que reduzem a descamação. Procure um dermatologista ao notar alterações na pele.
- Ictiose causa pele muito seca, espessa e escamosa.
- Pode ser congênita ou adquirida.
- Diagnóstico por dermatologista e, às vezes, testes genéticos.
- Tratamento base: banhos mornos e emolientes diários.
- Casos severos podem exigir retinoides orais; sempre com acompanhamento médico.
Ictiose: o que você precisa saber desde já
A ictoise é uma alteração da queratinização — a forma como a camada externa da pele se renova. Isso deixa a pele áspera, com escamas e, muitas vezes, com coceira. O objetivo do tratamento é reduzir sintomas e melhorar a qualidade de vida; muitas vezes é controle, não cura.
Como a ictiose aparece no corpo
Pense na pele como uma muralha. Na ictiose, a renovação celular é alterada: as células não se descamam normalmente e formam placas espessas. Pode afetar braços, pernas, tronco, costas e rosto; em casos severos, quase toda a superfície corporal.
Sintomas que você pode notar
Fique atento a:
- Pele muito seca e áspera.
- Descamação visível (placas ou pequenas escamas).
- Espessamento localizado da pele.
- Coceira persistente.
- Fissuras dolorosas e sensação de que a pele não protege bem.
- Risco aumentado de infecções quando há rachaduras profundas.
Tipos de ictiose
Duas grandes categorias:
- Ictiose congênita (hereditária): surge no nascimento ou na infância; ligada a alterações genéticas.
- Ictiose adquirida: aparece ao longo da vida; associada a fatores ambientais, doenças ou medicamentos.
Cada categoria tem subtipos com gravidade variada.
O que causa a ictiose
Principais fatores:
- Genética (formas hereditárias).
- Ambiente seco que agrava o quadro.
- Idade (algumas alterações surgem com o tempo).
- Medicamentos que podem desencadear ressecamento.
- Doenças e alterações metabólicas (por exemplo, tireoide, insuficiência renal, deficiências vitamínicas).
Muitas vezes, mais de um fator contribui para o quadro.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico exige diferenciação de outras causas de pele seca. O processo inclui:
- História clínica (início, família, medicamentos).
- Exame físico (padrão das escamas e áreas afetadas).
- Testes genéticos e exames bioquímicos quando indicados.
- Exames complementares para investigar metabolismo, função renal ou tireoidiana.
Casos leves podem ser inicialmente tratados como xerose, mas o dermatologista confirma o diagnóstico.
Quem corre mais risco?
A ictiose pode afetar qualquer pessoa, independentemente de idade, etnia ou sexo. A forma congênita tem forte relação com histórico familiar. A adquirida está ligada a fatores de estilo de vida ou doenças subjacentes.
Riscos e complicações
Sem tratamento adequado, pode haver:
- Piora do ressecamento e descamação.
- Rachaduras dolorosas que facilitam infecções locais ou sistêmicas.
- Comprometimento da barreira cutânea e perda maior de água.
- Impacto psicológico: baixa autoestima, isolamento social, sono prejudicado.
Cuidados diários para controlar a ictiose
Medidas simples fazem grande diferença:
- Tome banhos mornos e curtos (5–10 minutos).
- Use sabonetes suaves; evite formulações agressivas.
- Aplique emolientes logo após o banho e reaplique conforme necessário.
- Não puxe escamas; isso provoca lesões.
- Prefira roupas de algodão e evite tecidos irritantes.
- Em ambientes secos, utilize umidificadores.
- Evite produtos com álcool e fragrâncias fortes.
Esses cuidados devem ser contínuos para manter a melhora.
Produtos e técnicas úteis
- Emolientes com ureia, ceramidas ou óleos naturais.
- Cremes mais densos à noite para áreas muito secas.
- Esfoliação suave só com orientação médica.
- Protetor solar em áreas expostas e descamativas.
Tratamentos médicos (quando o caso precisa ir além do creme)
- Retinoides orais: reduzem a descamação em casos graves, mas exigem acompanhamento por efeitos colaterais.
- Tratamentos tópicos prescritos para controlar inflamação e descamação.
- Correção de condições associadas (deficiências vitamínicas, disfunção da tireoide etc.).
Seu médico avaliará riscos e benefícios; retinoides requerem exames periódicos.
O que esperar do tratamento — prognóstico
O objetivo é o controle dos sintomas. Em formas leves, é possível ter vida normal com rotina de cuidados. Em formas hereditárias graves, pode ser necessário suporte contínuo. Apoio psicológico e orientação para adaptar a rotina também ajudam muito.
Quando procurar um dermatologista
Consulte um especialista se:
- Ressecamento intenso e descamação não melhoram com hidratação.
- Houver fissuras dolorosas ou sinais de infecção (vermelhidão, pus, febre).
- História familiar de pele escamosa desde o nascimento.
- A condição afeta sono, trabalho ou vida social.
O dermatologista indicará exames, produtos e tratamentos adequados.
Dicas práticas para o cotidiano
- Hidratação diária: aplique hidratante duas vezes por dia nas áreas secas.
- Banhos curtos em água morna.
- Evite roupas justas e materiais sintéticos.
- Use luvas ao manusear produtos de limpeza.
- Mantenha umidade adequada em ambientes internos, especialmente no inverno.
Perguntas para levar ao médico
- Qual pode ser a causa do meu quadro?
- Preciso de exames genéticos?
- Quais cremes ou medicamentos são indicados?
- Quais são os efeitos colaterais dos tratamentos sugeridos?
- Que cuidados devo manter para evitar recidiva?
Sinais de alerta — procure atendimento urgente se houver:
- Febre ou mal-estar com lesões na pele.
- Rachaduras profundas que não cicatrizam.
- Aumento da vermelhidão, secreção ou dor intensa no local.
- Aquecimento local e dor súbita (sinais de infecção).
Resumo prático para sua consulta
Leve:
- Histórico familiar.
- Lista de medicamentos em uso.
- Fotos das lesões em diferentes momentos.
- Registro dos seus hábitos (tipo de banho, hidratantes, ambiente).
Conclusão
A ictiose é uma alteração da queratinização que deixa a pele áspera, espessa e com descamação. Com cuidados regulares — banhos mornos, hidratação com emolientes e proteção contra ambientes secos — grande parte dos sintomas pode ser controlada. Em casos complexos, o dermatologista pode indicar exames e tratamentos mais avançados, inclusive retinoides. Pequenos gestos diários protegem sua muralha (a pele) e reduzem riscos de infecção e desconforto. Para saber mais, leia artigos e dicas em: https://jornalsaudebemestar.com.br
Perguntas Frequentes
- O que é ictiose?
Ictiose é uma alteração da queratinização que deixa a pele muito seca, espessa e com escamas. Pode ser congênita ou adquirida.
- Quais são as causas?
Pode ser genética ou influenciada pelo ambiente. Ar seco, idade, medicamentos e problemas metabólicos (tireoide, rins, vitaminas) também contribuem.
- Como é feito o diagnóstico?
O dermatologista examina a pele, pergunta o histórico e pode solicitar exames genéticos ou biópsia quando necessário.
- Como tratar no dia a dia?
Banhos mornos e curtos, pouco sabão, e hidratação imediata com emolientes após o banho. Evitar puxar escamas. Em formas graves, pode haver tratamento oral.
- Quando procurar um dermatologista?
Se houver coceira intensa, sinais de infecção, início no nascimento/infância ou impacto na rotina. O especialista define exames e tratamentos adequados.





