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Gastrite enantematosa: o que é, sintomas, causas, diagnóstico e tratamento
Você vai entender de forma simples o que é a gastrite enantematosa, seus sintomas (dor, queimação, azia e má digestão), as causas e fatores de risco, como é feito o diagnóstico por endoscopia, opções de tratamento, prevenção e se a doença tem cura. Também explicamos o papel da Helicobacter pylori e o possível risco a longo prazo. Para mais informações detalhadas, consulte https://www.minhavida.com.br/saude/temas/gastrite-enantematosa.
Principais pontos
- Gastrite enantematosa é a inflamação da mucosa do estômago.
- Sintomas comuns: dor ou queimação na boca do estômago, azia, empachamento e náusea.
- Diagnóstico: endoscopia digestiva alta, com biópsia e testes para Helicobacter pylori.
- Tratamento: mudanças de hábito, medicamentos para reduzir ácido e antibióticos quando há H. pylori.
- Prognóstico: na maioria dos casos há melhora ou cura, mas infecções crônicas por H. pylori aumentam o risco a longo prazo e exigem acompanhamento.
O que é gastrite enantematosa
A gastrite enantematosa é a inflamação da camada interna (mucosa) do estômago, que fica avermelhada, sensível e, às vezes, ulcerada. Pode ocorrer em diferentes regiões do estômago (cardia, fundo, corpo, antro, piloro) e variar de leve a grave.
Causas e fatores de risco
A inflamação surge quando a barreira protetora do estômago é prejudicada. Causas comuns:
- Uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) ou corticoides.
- Consumo excessivo de álcool.
- Infecção por Helicobacter pylori.
- Refluxo biliar.
- Estresse físico intenso (doenças graves, cirurgias).
- Tabagismo e dieta rica em alimentos irritantes.
Fatores que aumentam o risco: idade avançada, uso crônico de medicamentos agressivos à mucosa e doenças crônicas que comprometem a recuperação local.
Sintomas
Os sinais mais frequentes são:
- Dor ou queimação na região epigástrica.
- Azia e regurgitação.
- Sensação de empachamento e indigestão.
- Náusea e perda de apetite.
- Em casos com sangramento: fezes escuras (melena) ou vômito com sangue — nesse cenário, procure atendimento urgente.
Como é feito o diagnóstico
O exame-chave é a endoscopia digestiva alta, que permite visualizar a mucosa e identificar eritema, erosões ou sangramento. Complementos:
- Biópsia endoscópica para análise histológica.
- Testes para detectar H. pylori (teste respiratório, exame de sangue ou pesquisa na biópsia).
- Exames laboratoriais para avaliar anemia e sinais inflamatórios.
Tratamento e perspectiva de cura
O tratamento depende da causa e da gravidade, e costuma incluir:
- Suspender AINEs quando possível e evitar álcool e tabaco.
- Mudanças alimentares: refeições leves, evitar alimentos gordurosos, muito condimentados ou ácidos.
- Controle do estresse e melhora do sono.
- Medicamentos: antiácidos, bloqueadores H2 ou inibidores da bomba de prótons (IBP) para reduzir a acidez e promover cicatrização.
- Se H. pylori for identificado: esquema de erradicação com antibióticos conforme orientação médica.
Com diagnóstico e tratamento adequados a maior parte dos pacientes melhora e a mucosa se recupera; muitos casos têm cura completa. O importante é seguir o acompanhamento médico e repetir testes quando indicado para confirmar a erradicação de H. pylori.
Prevenção e cuidados
Medidas para reduzir risco e recidiva:
- Evitar consumo excessivo de álcool.
- Não usar AINEs sem orientação; quando imprescindível, associe proteção gástrica sob prescrição.
- Parar de fumar.
- Alimentação regular e balanceada, sem excessos de frituras e temperos fortes.
- Gestão do estresse e atividade física regular.
- Em caso de sintomas persistentes, buscar avaliação e exame endoscópico.
Complicações possíveis
Sem tratamento, a gastrite enantematosa pode levar a:
- Úlceras gástricas e sangramentos.
- Atrofia da mucosa em processos crônicos.
- Maior necessidade de investigação quando há H. pylori persistente.
Gastrite enantematosa e risco de câncer
A gastrite por H. pylori, quando crônica, está associada a aumento do risco de câncer gástrico ao longo dos anos. Isso não significa que toda gastrite enantematosa evolui para câncer, mas reforça a importância de diagnóstico, tratamento e acompanhamento médico, sobretudo quando há infecção por H. pylori.
Conclusão
A gastrite enantematosa é uma inflamação da mucosa gástrica que costuma causar dor, queimação e indigestão. O diagnóstico por endoscopia orienta o tratamento, que combina mudanças de hábitos, medicamentos e antibióticos quando necessário. Com cuidado médico, a maioria dos casos melhora ou regride. Se os sintomas persistirem ou houver sinais de sangramento, procure atendimento imediato. Para mais leitura e detalhes clínicos, veja também https://www.minhavida.com.br/saude/temas/gastrite-enantematosa.
Perguntas frequentes
- O que é gastrite enantematosa?
É a inflamação da mucosa do estômago, com vermelhidão e sensibilidade local.
- Como identificar os sintomas?
Dor ou queimação no estômago, azia, empachamento, náusea; procure médico se persistirem.
- Como é confirmado o diagnóstico?
Pela endoscopia digestiva alta, com biópsia e testes para Helicobacter pylori.
- Tem cura?
Sim, muitos casos regridem com tratamento adequado; erradicação de H. pylori aumenta a chance de cura.
- Pode evoluir para câncer?
Nem sempre; porém H. pylori crônico eleva o risco de alterações malignas, por isso o acompanhamento é importante.
Para fontes e leitura complementar, consulte: https://www.minhavida.com.br/saude/temas/gastrite-enantematosa.