Como a menopausa afeta você e o que fazer para tratar os sintomas

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Menopausa: sintomas, causas e como cuidar da sua saúde

Você anda sentindo ondas de calor, mudanças de humor e quer entender por que isso acontece? Este texto explica, de forma direta e prática, os principais sintomas da menopausa — como fogachos, ciclos irregulares, sintomas urogenitais e secura vaginal — e apresenta tratamentos e hábitos que ajudam a melhorar seu bem‑estar.

  • Ondas de calor e suores que atrapalham o sono e o dia a dia
  • Ciclos irregulares, mudanças de humor e queda da libido
  • Secura vaginal, incontinência e maior risco de infecções urinárias
  • Metabolismo mais lento, ganho de gordura abdominal e aumento do risco cardiovascular e de problemas nos ossos
  • Tratamentos: reposição hormonal, medicamentos específicos e mudanças no estilo de vida

Menopausa: o que você precisa saber agora

A menopausa é a última menstruação, resultado da diminuição dos hormônios femininos (estrogênio e progesterona) produzidos pelos ovários. Faz parte do climatério, a transição da fase fértil para a fase sem menstruação. Aqui você encontra explicações claras sobre sintomas, causas e cuidados práticos.

O que é exatamente a menopausa?

O climatério tem três fases:

  • Pré‑menopausa: redução gradual da produção hormonal.
  • Perimenopausa: fase de transição que inclui a pré‑menopausa e o primeiro ano após a última menstruação.
  • Pós‑menopausa: ausência de menstruação por pelo menos 12 meses.

Geralmente os sinais aparecem perto dos 40 anos; a menopausa costuma ocorrer entre 45 e 51 anos. Antes dos 40 anos é considerada menopausa precoce. Se for induzida por cirurgia (remoção dos ovários) ou quimioterapia, os sintomas surgem de forma mais abrupta e intensa.

Por que você sente esses sintomas?

A queda do estrogênio explica a maior parte dos sintomas. Ele atua no cérebro, pele, ossos, vasos e mucosas; quando diminui, o corpo perde mecanismos que regulam temperatura, sono, humor e lubrificação vaginal.

Fogachos (ondas de calor): por que ocorrem e o que fazer

Os fogachos são sensações súbitas de calor, geralmente no rosto, pescoço e peito, acompanhadas de suor. Podem durar segundos ou minutos.

Quando ocorrem:

  • Mais comuns à noite no início, podendo acontecer também durante o dia.

Por que acontecem:

  • A queda do estrogênio altera o centro de regulação de temperatura no cérebro, provocando sudorese e rubor.

Como lidar:

  • Use roupas leves e em camadas.
  • Mantenha o quarto ventilado à noite.
  • Evite álcool, cafeína e alimentos muito picantes.
  • Técnicas de respiração e relaxamento ajudam.
  • Se forem incapacitantes, converse com seu médico sobre tratamentos.

Ciclos irregulares, TPM e mudanças de humor

Antes da cessação definitiva das menstruações, os ciclos podem ficar:

  • Mais curtos (menos de 25 dias) ou irregulares.
  • Com menstruações que desaparecem e voltam.
  • A TPM pode ficar mais intensa.
  • Podem ocorrer irritabilidade, tristeza ou variações de humor; a libido pode diminuir.

Essas alterações são comuns na perimenopausa e variam muito entre mulheres.

Sintomas urogenitais: secura, dor e infecções

A falta de estrogênio afeta mucosas genitais e trato urinário:

  • Secura vaginal e dor durante o sexo.
  • Sensação de desconforto na região íntima.
  • Maior tendência a infecções urinárias.
  • Incontinência urinária (vazamentos ao rir, tossir ou fazer esforço).

Tratamentos locais (cremes, anéis vaginais e lubrificantes) ajudam muito; consulte seu médico para opções adequadas.

Metabolismo e ganho de gordura: seu corpo muda de padrão

Após a menopausa, o metabolismo tende a desacelerar, favorecendo o acúmulo de gordura visceral (abdominal) — o padrão maçã — com impacto no perfil lipídico e maior risco cardiovascular. Fica mais difícil perder peso, mas ajustes na alimentação e atividade física fazem grande diferença.

Risco cardiovascular e ósseo: por que se preocupar

Com menos estrogênio aumentam dois riscos:

  • Doenças cardíacas: ele protege as artérias; sem ele, o LDL sobe e o HDL pode cair.
  • Perda de massa óssea: diminui a absorção de cálcio, aumentando risco de osteopenia e osteoporose.

O que fazer:

  • Monitorar colesterol e pressão arterial.
  • Fazer densitometria óssea quando indicado.
  • Consumir cálcio e vitamina D adequados.
  • Praticar exercícios de sustentação e resistência.
  • Evitar fumar e controlar o consumo de álcool.

Pele, cabelos e mucosas: sinais visíveis do envelhecimento

A queda hormonal pode causar:

  • Rugas mais marcadas e ressecamento da pele.
  • Cabelos mais finos ou perda de volume.
  • Unhas quebradiças.
  • Boca e mucosas secas.

Algumas mudanças surgem gradualmente; outras ficam mais evidentes na pós‑menopausa tardia.

Quanto tempo duram os sintomas?

A duração varia. Em média os sintomas podem perdurar entre 10 e 15 anos, mas isso muda muito entre mulheres. Fogachos tendem a reduzir com o tempo; alterações ósseas e cardiovasculares exigem acompanhamento contínuo.

Se a menopausa foi induzida: impacto maior

Quando induzida por cirurgia ou tratamentos como quimioterapia, a queda hormonal é abrupta, aumentando intensidade e desconforto emocional e físico.

Como tratar os sintomas: opções e escolhas

A escolha do tratamento depende dos sintomas, histórico de saúde e preferências. Sempre consulte um profissional.

Reposição hormonal (TRH)

A terapia de reposição hormonal repõe estrogênio e, às vezes, progesterona (via comprimidos, géis, adesivos ou tratamentos locais). Benefícios:

  • Reduz fogachos.
  • Melhora lubrificação vaginal.
  • Ajuda no sono e humor.
  • Reduz perda de massa óssea.
  • Pode melhorar o perfil lipídico.

Não é indicada para todas — avaliação do risco de câncer, trombose e doenças cardíacas é essencial.

Medicamentos para sintomas específicos

  • Antidepressivos e alguns fármacos neurológicos reduzem fogachos.
  • Lubrificantes e medicamentos locais tratam secura vaginal.
  • Medicamentos e suplementos para os ossos.
  • Fármacos para colesterol e pressão arterial.

Mudança de estilo de vida: seu primeiro remédio

Hábitos saudáveis reduzem sintomas:

  • Alimentação equilibrada (frutas, verduras, proteínas magras, menos ultraprocessados).
  • Atividade física regular (aeróbicos e musculação).
  • Sono regular e ambiente favorável.
  • Evitar tabaco e moderar álcool.
  • Técnicas para controle do estresse (ioga, meditação, respiração).

Alimentos que ajudam e outros que atrapalham

Evitar:

  • Frituras, ultraprocessados, excesso de açúcar e gordura.
  • Álcool e cafeína em excesso (podem piorar fogachos).

Recomendar:

  • Frutas, verduras e oleaginosas com moderação.
  • Peixes ricos em ômega‑3 (salmão, sardinha).
  • Alimentos ricos em cálcio (leite, iogurte, queijos, folhas verdes).
  • Fontes de vitamina D e exposição solar moderada.

Exercícios: como começar e manter

  • 150 minutos por semana de atividade moderada.
  • Treinos de força 2–3 vezes por semana.
  • Alongamento e treino de equilíbrio para reduzir risco de quedas.

Quando procurar ajuda médica?

Procure seu médico se:

  • Os fogachos atrapalham o dia a dia.
  • sangramento incomum após a menopausa.
  • Dor persistente durante o sexo.
  • Infecções urinárias frequentes.
  • Fatores de risco para doença cardíaca ou osteoporose.
  • Depressão ou ansiedade que não melhora.

O profissional avaliará histórico, pedirá exames se necessário e orientará a melhor estratégia.

Testes e acompanhamento úteis

  • Exames de sangue: colesterol, glicemia e, em alguns casos, hormônios.
  • Densitometria óssea para avaliar perda óssea.
  • Avaliação da pressão arterial e marcadores cardíacos.
  • Exame ginecológico para problemas vaginais ou urinários.

Dicas práticas para o dia a dia

  • Durma em ambiente fresco, com lençóis leves.
  • Use roupas de algodão e em camadas.
  • Tenha lubrificante à mão para o sexo.
  • Faça check‑ups regulares.
  • Anote sintomas: quando aparecem, intensidade e gatilhos — isso ajuda o médico a ajustar o tratamento.

Mitos e verdades

  • Mito: A menopausa é igual para todas. Verdade: cada corpo reage de forma diferente.
  • Mito: Você vai ganhar muito peso só por causa da menopausa. Verdade: o metabolismo muda, mas dieta e exercício influenciam muito.
  • Mito: Reposição hormonal é sempre perigosa. Verdade: tem riscos e benefícios; a decisão é individual e baseada em avaliação médica.

Seu caminho para bem‑estar

A menopausa é uma fase natural — não um fim. Com orientação médica, reposição hormonal quando indicada, medicamentos específicos e, principalmente, mudanças no estilo de vida (alimentação, exercício, sono), é possível reduzir sintomas e recuperar a qualidade de vida. Pequenas atitudes diárias transformam grande impacto.

Não enfrente isso sozinha. Converse com seu médico, registre seus sintomas e escolha o que funciona para você. Quer se manter informada? Leia mais artigos em https://jornalsaudebemestar.com.br.

Perguntas frequentes

Q: O que é menopausa e quando começa?
A: A menopausa é a última menstruação. Geralmente aparece entre 45 e 51 anos; antes dos 40 é considerada precoce.

Q: Quais são os sintomas mais comuns?
A: Fogachos, suores noturnos, ciclos irregulares, mudanças de humor, secura vaginal, ganho de gordura abdominal e sinais de maior risco ósseo e cardíaco.

Q: Como tratar ondas de calor e suores noturnos?
A: A reposição hormonal costuma ser a mais eficaz. Também ajudam evitar álcool e cafeína, vestir roupas leves e usar ventilador. Há alternativas medicamentosas para quem não pode usar hormônio.

Q: Como proteger ossos e coração na menopausa?
A: Exercícios com carga, dieta rica em cálcio e vitamina D, parar de fumar, controlar colesterol e pressão e acompanhamento médico regular.

Q: Quando devo procurar um médico e quais tratamentos existem?
A: Procure se os sintomas atrapalham sua vida ou há sangramento anormal. Tratamentos incluem reposição hormonal (comprimidos, gel, adesivo), cremes vaginais, medicamentos específicos e mudanças no estilo de vida.

Fonte das imagens e créditos

Foto usada como referência: Sean De Burca.

Conclusão

A menopausa não é um ponto final, mas uma fase de ajuste: fogachos, ciclos irregulares, secura vaginal, ganho de gordura abdominal e riscos para coração e ossos podem ser gerenciados. Com reposição hormonal adequada, medicamentos específicos e hábitos saudáveis, você reduz sintomas e retoma bem‑estar. Procure suporte médico e cuide de si — pequenos passos fazem grande diferença.

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