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Você já ouviu falar da dieta DASH e quer saber se ela é só para pressão alta ou se pode fazer mais pela sua saúde? Estudos apontam que esse padrão alimentar pode reduzir o risco de câncer colorretal. A ideia é priorizar carboidratos integrais, legumes, verduras, frutas e leite com baixo teor de gordura, e evitar ultraprocessados. Aqui você entenderá como a dieta funciona
- Dieta DASH foca em cereais integrais, frutas, verduras e laticínios magros
- Inclui proteína magra e óleos vegetais em porções controladas
- Ajuda a reduzir a pressão arterial
- Estudos associam adesão à DASH com menor risco de câncer colorretal
- Mais pesquisas são necessárias; consulte um nutricionista
Estudo aponta que adesão à dieta DASH pode reduzir risco de câncer colorretal
Uma revisão sistemática e meta-análise publicada em 2020 sugere que quem segue o padrão alimentar DASH com maior rigor tem cerca de 20% menos chance de desenvolver câncer colorretal. O levantamento, divulgado no Clinical Nutrition Journal, comparou resultados de vários estudos e encontrou uma associação inversa entre adesão ao plano e ocorrência da doença.
O que é a dieta DASH
A dieta DASH foi criada para ajudar no controle da pressão arterial. Na prática, prioriza grãos integrais, legumes, verduras e frutas; produtos lácteos com baixo teor de gordura; consumo moderado de proteína animal; e uso controlado de óleos vegetais. Também recomenda redução do sal e de alimentos ultraprocessados.
Evidências e limitações
Pesquisadores que assinam a revisão avaliaram bancos de dados de estudos observacionais e clínicos. Componentes comuns da dieta — como maior ingestão de fibras e menor consumo de gorduras saturadas — podem explicar a redução do risco colorretal. Ainda assim, os autores ressaltam que são necessários mais estudos para confirmar causa e efeito e detalhar mecanismos biológicos.
Exemplo de cardápio para um dia
A seguir, um modelo simples que segue os princípios da DASH:
- Café da manhã: mingau de aveia com pedaços de fruta e leite desnatado.
- Lanche da manhã: uma fruta inteira.
- Almoço: arroz integral, feijão, salada variada e porção pequena de frango grelhado; tempero com uma ou duas colheres de óleo vegetal.
- Lanche da tarde: iogurte desnatado ou cenouras cruas.
- Jantar: massa integral com legumes salteados e porção reduzida de peixe.
Esse cardápio é ilustrativo e pode ser adaptado conforme suas necessidades calóricas e restrições alimentares.
Conclusão
A DASH não é só para quem tem pressão alta. Estudos mostram uma associação com até 20% menos risco de câncer colorretal, o que é relevante. Funciona como uma bússola prática: mais alimentos integrais, frutas, verduras e fibras; menos ultraprocessados. Simples, direto e aplicável no dia a dia.
Mas atenção: não é uma solução absoluta. As evidências ainda são majoritariamente observacionais. São necessários mais estudos para provar causa e efeito. Converse com um nutricionista antes de mudar a alimentação, especialmente se tiver condições médicas ou necessidades específicas. Para leitura adicional e referência prática, veja também https://nutritotal.com.br/publico-geral/dieta-dash-pressao-alta-cancer/
Perguntas frequentes
- O que é a dieta DASH?
É um plano alimentar criado para controlar a pressão arterial. Prioriza integrais, frutas, verduras, laticínios magros, proteína magra e óleos vegetais.
- Como a DASH reduz o risco de câncer colorretal?
Alimentos ricos em fibra, vitaminas e menos processados melhoram a saúde intestinal e reduzem inflamação. Estudos observacionais mostram até 20% menos risco entre aderentes ao padrão alimentar.
- Como é um cardápio típico da DASH?
Café: aveia com fruta e leite desnatado. Almoço: salada, arroz integral e peixe grelhado. Lanche: fruta e castanhas. Jantar: legumes, quinoa ou massa integral e frango. Use pouco sal e óleo (sugestão: cerca de 1–2 colheres por dia).
- Quem deve adotar a dieta DASH?
Pessoas com pressão alta, quem quer melhorar a alimentação geral ou reduzir risco de doenças crônicas. Consulte um nutricionista antes.
- Há riscos ou cuidados ao seguir a DASH?
Pode precisar de ajustes para crianças, idosos, quem tem doença renal ou usa medicamentos que exigem controle de eletrólitos. Acompanhamento profissional é recomendado.





