Se você notar lesões redondas, vermelhas e descamativas no rosto, na nuca ou no couro cabeludo, pode ser lúpus discoide. É uma doença inflamatória da pele ligada a uma reação do sistema imunológico. O sol costuma piorar as lesões. Procure um médico para avaliação. Ele pode pedir FAN, biópsia e exames simples. O tratamento inclui pomadas corticoides, uso diário de protetor solar e, quando necessário, antimaláricos ou imunossupressores.
- Doença crônica da pele com manchas vermelhas, redondas e escamosas no rosto, orelhas e couro cabeludo
- Causada por reação autoimune localizada na pele
- Diagnóstico feito por dermatologista; biópsia pode ser necessária e FAN pode ser negativo
- Tratamento: corticoides tópicos, protetor solar diário; antimaláricos ou imunossupressores se necessário
- Mais comum em mulheres jovens; sol, tabagismo e predisposição genética podem desencadear
Lúpus discoide: o que você precisa saber agora
Lúpus discoide é uma forma crônica de lúpus que afeta principalmente a pele, causando manchas arredondadas, vermelhas e com descamação. As áreas mais afetadas são rosto, nuca, orelhas e couro cabeludo. A origem envolve uma resposta imunológica que ataca a pele; por isso a avaliação dermatológica é essencial.
Principais sinais e quando ficar atento
As lesões costumam ser bem delimitadas, avermelhadas, com escamação e, no couro cabeludo, podem levar à queda de cabelo e cicatrizes — veja orientações sobre queda de cabelo causada pelo lúpus. Geralmente pioram com exposição solar. Procure atendimento se as manchas forem persistentes, aumentarem, doerem, coçarem ou deixarem áreas com cicatriz. Outras doenças com lesões avermelhadas e descamativas, como psoríase, também podem entrar no diagnóstico diferencial.
Como é confirmado o diagnóstico
O dermatologista faz a avaliação clínica e pode solicitar exames:
- Biópsia de pele para confirmar o padrão inflamatório típico.
- FAN (anticorpos antinucleares) pode ser solicitado, mas frequentemente é negativo em lúpus discoide porque a doença pode ficar limitada à pele.
- Hemograma e exame de urina para excluir comprometimento sistêmico (sangue ou proteína na urina).
Causas e fatores que aumentam o risco
As causas não são totalmente claras; acredita-se em combinação de predisposição genética e fatores ambientais que desencadeiam uma resposta imune cutânea exagerada. É mais frequente em mulheres entre 20 e 40 anos. Fatores que podem agravar ou desencadear lesões: exposição solar, tabagismo e histórico familiar.
Tratamento e cuidados diários
O tratamento é individualizado pelo dermatologista:
- Terapia tópica: corticoides tópicos ou imunomoduladores aplicados nas lesões.
- Proteção solar diária é fundamental para reduzir atividade das lesões.
- Sistêmicos: antimaláricos (por exemplo, hidroxicloroquina) se a terapia tópica for insuficiente; informações sobre medicações anti-inflamatórias e cuidados no uso podem ser úteis.
- Em casos graves ou resistentes, podem ser usados imunossupressores sob supervisão médica (azatioprina, metotrexato, entre outros).
Evitar o tabagismo e seguir acompanhamento regular ajudam a controlar recidivas.
Conclusão
Lesões redondas, vermelhas e descamativas merecem avaliação dermatológica. O diagnóstico pode exigir biópsia e exames simples; o tratamento inclui corticoides tópicos, proteção solar diária e, quando necessário, antimaláricos ou imunossupressores. Proteção ao sol e acompanhamento médico contínuo reduzem riscos de cicatriz e complicações — aprenda mais sobre como proteger sua pele do sol.
Perguntas Frequentes
- O que é lúpus discoide?
É uma forma de lúpus que acomete principalmente a pele, formando manchas redondas, vermelhas e escamosas.
- Como reconhecer as lesões no rosto?
Lesões bem delimitadas, avermelhadas, descamativas, que podem coçar ou doer e piorar com sol; podem deixar cicatriz. Se a coceira for um sintoma importante, veja orientações sobre coceira que piora à noite e quando procurar ajuda.
- Como é feito o diagnóstico?
Avaliação clínica por dermatologista, biópsia de pele para confirmação; FAN pode ser solicitado, mas muitas vezes é negativo.
- O que causa e o que aumenta o risco?
Reação autoimune com componente genético; sol, tabagismo e alguns medicamentos podem desencadear.
- Como tratar e prevenir crises no dia a dia?
Corticoides tópicos ou imunomoduladores, antimaláricos ou imunossupressores se necessário; uso diário de protetor solar, evitar exposição direta ao sol e parar de fumar.