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Você vai ler um guia direto sobre o TDAH. Aqui você entende o que é o transtorno, os principais sintomas, como é feito o diagnóstico e como distinguir uma criança muito ativa de uma com TDAH. Explico causas, opções de tratamento, o papel da psicoterapia e como família e escola podem ajudar. O objetivo é dar informação prática para reconhecer sinais, buscar apoio e melhorar a qualidade de vida.
- TDAH é um transtorno neurobiológico que causa desatenção, hiperatividade e impulsividade.
- Os sinais surgem tipicamente na infância e podem persistir na vida adulta.
- O diagnóstico é clínico, com avaliação médica e relatos da família e da escola.
- O tratamento combina medicamentos, psicoterapia e apoio escolar e familiar.
- Não tem cura definitiva, mas o tratamento melhora o funcionamento e a qualidade de vida.
TDAH: o que você precisa saber agora
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) afeta atenção, controle de impulsos e atividade motora. A Organização Mundial da Saúde reconhece o TDAH como um problema de saúde pública. Estima-se que cerca de 5% das crianças sejam afetadas no mundo; muitos mantêm sintomas na vida adulta.
Sintomas principais e quando procurar ajuda
Procure avaliação especializada se a dificuldade de atenção, a agitação ou a impulsividade atrapalham tarefas escolares, trabalho ou convivência social. Para diagnóstico, os sintomas devem ser persistentes por pelo menos seis meses e causar prejuízo em mais de um ambiente (por exemplo, casa e escola).
Sinais por faixa etária:
- Crianças pequenas: agitação excessiva, dificuldades na linguagem e no controle motor.
- Crianças em idade escolar: distração frequente, dificuldade para terminar tarefas, desorganização e problemas com atenção sustentada.
- Adolescentes e adultos: menos hiperatividade motora, mas permanecem desatenção, desorganização e impulsividade em decisões.
Quando buscar avaliação:
- Se os sinais aparecem em dois ou mais contextos (escola e casa) e persistem por meses.
- Se há queda no rendimento escolar, dificuldades sociais ou risco em tarefas que exigem atenção (trânsito, trabalho). Profissionais costumam coletar relatos de professores e familiares e aplicar escalas padronizadas.
Tipos de TDAH
Existem três apresentações principais:
- Predominantemente hiperativo/impulsivo: inquietação, fala excessiva e interrupções constantes.
- Predominantemente desatento: descuidos, dificuldade para organizar tarefas e manter foco.
- Apresentação combinada: sintomas de desatenção e de hiperatividade/impulsividade coexistem.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico é clínico: pediatras, psiquiatras infantis, neurologistas ou psicólogos reúnem histórico, observações escolares e familiares e, quando necessário, avaliação neuropsicológica. Não há exame laboratorial que confirme o TDAH. O momento mais comum para o diagnóstico é entre 6 e 12 anos, após o início da escolarização, quando as demandas por atenção e organização aumentam.
Causas e fatores de risco
O TDAH tem causas multifatoriais:
- Hereditariedade: histórico familiar aumenta o risco.
- Diferenças em áreas frontais do cérebro e nas conexões que regulam atenção e comportamento.
- Alterações na ação de neurotransmissores como dopamina e noradrenalina. Fatores ambientais (exposição pré-natal a substâncias, complicações perinatais) podem contribuir, mas não explicam todos os casos.
Tratamento e prognóstico
O TDAH não costuma ser curado, mas pode ser bem gerido. O objetivo do tratamento é reduzir sintomas, melhorar a funcionalidade e aumentar a qualidade de vida. Abordagens combinadas costumam trazer melhores resultados.
Intervenções médicas e terapêuticas:
- Medicamentos: estimulantes e não estimulantes modulam neurotransmissores, reduzindo impulsividade e melhorando atenção. A indicação e o ajuste devem ser feitos por médico especializado.
- Psicoterapia: a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) ajuda a criar rotinas, técnicas de organização e estratégias para lidar com impulsividade.
- Intervenções escolares e psicopedagógicas: adaptações em sala, planos de ensino individualizados e suporte para organização e motivação.
Papel da família e da escola:
- Estabelecer rotinas claras, reforços positivos e estratégias de organização.
- Orientar professores sobre métodos de ensino e adaptações práticas (tarefas menores, instruções claras, assistência na organização).
- Psicoeducação para a família reduz culpa e aumenta a efetividade das intervenções.
Dicas práticas para o dia a dia
- Divida tarefas em etapas pequenas e claras.
- Use agendas, cronômetros e quadros visuais para organização.
- Reforce comportamentos desejados com elogios imediatos.
- Garanta sono adequado, alimentação equilibrada e atividade física regular.
- Mantenha comunicação contínua entre casa, escola e profissional de saúde.
Conclusão
O TDAH é um quadro comum e tratável. Identificar sinais cedo e combinar intervenção médica, psicoterapias e suporte escolar/familiar melhora substancialmente o funcionamento e a qualidade de vida. Para informação confiável e recursos práticos, consulte também https://nav.dasa.com.br/blog/tdah.
Perguntas frequentes
- O que é TDAH e como sei se é mais que agitação?
TDAH é um transtorno neurobiológico. A diferença para agitação ocasional é a persistência dos sintomas por mais de seis meses, o prejuízo em dois ou mais ambientes e a interferência no desempenho escolar ou social.
- Quais são os sinais mais comuns em crianças?
Dificuldade de atenção, não terminar tarefas, muito movimento, interrupções e esquecimento de instruções. Aparecem em casa e na escola.
- Como diferenciar distração normal de TDAH?
Distração ocasional é esperada. TDAH é contínuo, provoca prejuízo funcional e aparece em contextos distintos. Avalie relatos de família e escola e procure um especialista.
- Quem faz o diagnóstico?
Pediatras, psiquiatras infantis, neurologistas e psicólogos, com base em entrevista clínica, escalas e, quando necessário, avaliação neuropsicológica.
- Como tratar e o TDAH tem cura?
Não há cura definitiva, mas há tratamento eficaz: medicamentos, terapia (como TCC), intervenções escolares e mudanças na rotina. A combinação de abordagens é a mais eficiente.