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Você sente dor na parte baixa das costas e quer entender por que isso acontece. Aqui explico o que é a lombalgia, os tipos mais comuns, quando procurar um médico e quais tratamentos realmente ajudam — da fisioterapia a mudanças simples de hábito.
- Lombalgia pode ser aguda ou crônica e envolver músculos, discos, articulações ou nervos.
- Má postura, sedentarismo e movimentos repetitivos são causas frequentes; mudar hábitos ajuda.
- Procure atendimento urgente se houver fraqueza nas pernas, alteração do controle da bexiga/intestino ou dor intensa após trauma.
- O diagnóstico começa pelo exame clínico; exames de imagem são feitos quando há suspeita de problema mais grave.
- Tratamento: analgesia quando necessário, fisioterapia, exercícios e, raramente, cirurgia.
Lombalgia: o que é
Lombalgia é a dor localizada na região lombar, entre a cintura e a bacia. Pode ser leve ou intensa, ficar restrita às costas ou irradiar para nádegas e pernas. A dor sinaliza que alguma estrutura (músculos, discos, articulações ou nervos) está comprometida ou sobrecarregada.
Tipos de lombalgia
- Aguda: surge de forma súbita, costuma ser intensa e melhora nas primeiras semanas com medidas conservadoras.
- Crônica: persiste por mais de três meses; suas causas podem ser mais complexas e afetar a qualidade de vida.
- Classificação adicional: pode ser de origem mecânica (mais comum) ou inflamatória/infecciosa (menos comum).
Causas mais comuns
A maior parte das lombalgias está ligada a hábitos do dia a dia:
- Má postura ao sentar, ao dormir ou ao trabalhar.
- Sedentarismo e fraqueza do core.
- Permanecer muito tempo na mesma posição ou realizar movimentos repetitivos. Outras causas incluem hérnia de disco, artrose, fraturas por osteoporose, infecções e doenças inflamatórias.
Sintomas associados
Além da dor na lombar, podem ocorrer:
- Dor irradiada para a perna (ciatalgia), formigamento ou dormência.
- Fraqueza muscular ou limitação de movimento. Sinais que exigem atenção imediata: febre, emagrecimento inexplicável, perda de sensibilidade genital ou alterações no controle da bexiga/intestino.
Quando procurar um médico
Procure avaliação médica se:
- A dor for muito intensa ou não melhorar em poucos dias.
- Houver perda de força, formigamento progressivo ou dificuldade para controlar bexiga/ento.
- A dor começou depois de queda ou trauma. Em situações com sinais de alarme, procure atendimento de emergência.
Exames e diagnóstico
O diagnóstico inicia com anamnese e exame físico. Em quadros agudos sem sinais de alerta, nem sempre são necessários exames de imagem. Se a dor persistir ou houver suspeita de lesão grave, o médico pode solicitar:
- Raio‑X: avalia ossos e alinhamento.
- Ressonância magnética: melhor para discos, nervos e tecidos moles.
- Tomografia computadorizada: quando é preciso detalhar estruturas ósseas.
Tratamento e prognóstico
A maioria das lombalgias tem bom prognóstico: muitas crises agudas melhoram nas primeiras oito semanas. Objetivos do tratamento: controlar dor e recuperar função.
- Medicamentos: analgésicos, anti‑inflamatórios e, às vezes, relaxantes musculares — sempre com orientação médica.
- Fisioterapia: pilar do tratamento, com técnicas manuais, exercícios de fortalecimento e alongamento.
- Manter-se ativo de forma orientada é preferível ao repouso prolongado. Em casos persistentes, infiltrações podem aliviar; cirurgia é reservada para indicações específicas (comprometimento neurológico ou falha do tratamento conservador).
Abordagens complementares
Pilates, reeducação postural e exercícios para o core ajudam a prevenir recorrências. Terapias complementares (acupuntura, por exemplo) podem trazer alívio adicional para algumas pessoas, sempre integradas ao tratamento principal.
Prevenção e mudanças de hábito
Medidas simples reduzem o risco de novas crises:
- Melhore a ergonomia do ambiente de trabalho.
- Fortaleça o core com exercícios regulares.
- Evite longos períodos sentado; faça pausas ativas.
- Controle o peso corporal e mantenha condicionamento físico.
Conclusão
Lombalgia é comum, frequentemente tratável com medidas simples e reabilitação. Encare a dor como um aviso: ajuste hábitos, movimente-se e procure fisioterapia quando indicado. Se surgir dor súbita, intensa, fraqueza nas pernas ou perda do controle da bexiga/intestino, procure um médico imediatamente. Para mais informações e materiais complementares, acesse https://nav.dasa.com.br/blog/lombalgia.
Perguntas frequentes
- O que é lombalgia?
Lombalgia é a dor na parte baixa da coluna, que pode variar de leve a muito intensa e às vezes irradiar para nádegas e pernas.
- Quais os tipos de lombalgia?
Aguda (surgimento súbito, melhora em semanas) e crônica (duração superior a três meses). Pode ser mecânica ou por doença inflamatória.
- O que causa lombalgia?
Má postura, sedentarismo, esforço repetitivo, levantamento de peso, desgaste dos discos, hérnia e doenças inflamatórias ou infecciosas.
- Quando devo procurar um médico?
Se a dor for muito intensa, durar mais que alguns dias sem melhora, houver febre, perda de força, formigamento ou alteração no controle da bexiga/intestino — nesses casos, busque atendimento urgente.
- Como tratar e prevenir lombalgia?
Tratamento com medicação orientada, fisioterapia e exercícios; prevenção com postura adequada, ergonomia, atividade física regular e controle de peso. Cirurgia só em casos específicos.