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Doença arterial coronariana: o que você precisa saber agora
Neste artigo você vai entender o que é a Doença arterial coronariana, como a genética e o estilo de vida aumentam o risco, por que a doença pode ser silenciosa e quais sintomas devem acender o alerta. Também explico como exames de sangue, exames de imagem e o score de risco poligênico ajudam no diagnóstico, e quais são as melhores estratégias de prevenção e tratamento.
Principais pontos
- A Doença arterial coronariana é o entupimento das artérias do coração por placas de gordura (aterosclerose).
- Fatores de risco: tabagismo, hipertensão, diabetes, colesterol alto e histórico familiar (genética).
- A condição pode ser assintomática por anos; dor no peito e falta de ar são sinais de alerta.
- Diagnóstico: exames de sangue, eletrocardiograma e exames de imagem; o score poligênico pode complementar a avaliação.
- Tratamento: mudanças no estilo de vida, medicações e, quando necessário, angioplastia ou cirurgia de revascularização.
- Check-ups regulares ajudam a prevenir e detectar precocemente.
O que é a Doença arterial coronariana (DAC)
A Doença arterial coronariana ocorre quando placas formadas por colesterol e outras substâncias se acumulam nas paredes das artérias que irrigam o coração. Esse processo, chamado aterosclerose, reduz o fluxo sanguíneo e pode levar a angina (dor no peito) ou infarto agudo do miocárdio. No Brasil, doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 400 mil mortes por ano.
Como a DAC se desenvolve
As placas se formam gradualmente. Com o tempo elas endurecem e estreitam o lúmen arterial. Uma obstrução significativa ou a ruptura de uma placa pode bloquear o fluxo de sangue, privando o músculo cardíaco de oxigênio e causando dor ou infarto. Genética e fatores ambientais atuam juntos nesse processo.
Fatores de risco
- Idade avançada e sexo (homens têm risco mais precoce).
- História familiar de DAC (predisposição genética).
- Hipertensão arterial.
- Dislipidemia (colesterol LDL elevado).
- Diabetes mellitus.
- Tabagismo.
- Sedentarismo, dieta rica em gorduras saturadas e obesidade.
- Estresse crônico e consumo excessivo de álcool.
Sintomas e quando procurar ajuda
Sintomas comuns:
- Dor, aperto ou queimação no peito que pode irradiar para pescoço, mandíbula, ombro ou braço.
- Falta de ar, cansaço incomum ao esforço.
- Sudorese fria, náusea, desmaio (em eventos agudos).
A DAC pode ser silenciosa por muito tempo. Procure atendimento imediato se houver dor intensa e prolongada no peito, falta de ar severa, sudorese fria ou perda de consciência. Cada minuto conta.
Diagnóstico e exames
- Avaliação inicial: história clínica, exame físico e eletrocardiograma (ECG).
- Exames de sangue: perfil lipídico (colesterol), glicemia e marcadores de lesão cardíaca quando indicado.
- Testes não invasivos: teste ergométrico, ecocardiograma, cintilografia miocárdica.
- Imagem anatômica: tomografia coronariana (angiografia por TC) e angiografia coronária por cateter (padrão-ouro para avaliação invasiva).
- Score de risco poligênico: teste genético que soma pequenas variações no DNA para estimar predisposição à DAC. Útil como complemento, especialmente em indivíduos jovens ou com forte histórico familiar, mas não substitui exames clínicos e de imagem.
Tratamentos
Abordagem clínica
- Mudanças no estilo de vida: dieta saudável, atividade física regular, cessação do tabagismo e controle do peso.
- Medicamentos: estatinas (redução de LDL), anti-hipertensivos, betabloqueadores, antianginosos e, quando indicado, antiagregantes (aspirina em baixa dose conforme orientação médica).
- Controle rigoroso do diabetes e outras comorbidades.
Abordagem intervencionista
- Angioplastia coronária com implante de stent: indicada para obstruções significativas sintomáticas ou em infarto.
- Cirurgia de revascularização miocárdica (ponte de safena): opção quando várias artérias estão comprometidas ou em anatomias complexas.
Prevenção
- Alimentação equilibrada: reduzir gorduras saturadas, trans e açúcar; aumentar fibras, frutas e legumes.
- Exercício regular: pelo menos 150 minutos semanais de atividade moderada.
- Parar de fumar e evitar exposição ao fumo passivo.
- Monitoramento e controle da pressão arterial, glicemia e colesterol.
- Check-ups periódicos com avaliação cardiovascular e discussão sobre risco genético quando houver histórico familiar.
Conclusão
A Doença arterial coronariana resulta da interação entre predisposição genética e fatores do estilo de vida. Pode ser silenciosa, por isso a prevenção e a detecção precoce são essenciais. Diagnóstico eficaz combina exames de sangue, exames de imagem e, quando indicado, o score de risco poligênico. O tratamento varia de mudanças no dia a dia e medicação até procedimentos invasivos. Agende seu check-up e proteja seu coração — para aprofundar, acesse: https://nav.dasa.com.br/blog/doenca-arterial-coronariana
Perguntas frequentes
- Como a genética aumenta o risco de Doença arterial coronariana? Genes podem tornar a pessoa mais propensa ao acúmulo de placas, ao metabolismo alterado do colesterol ou à resposta inflamatória que favorece a aterosclerose.
- Meus hábitos alteram esse risco genético? Sim. Alimentação saudável, atividade física, parar de fumar e controle de pressão e glicemia reduzem muito o risco, mesmo em quem tem predisposição genética.
- O que é o score de risco poligênico? É um teste que soma várias variantes genéticas para estimar predisposição à DAC. Ajuda a orientar prevenção personalizada, mas não faz diagnóstico isolado.
- Quais exames devo fazer para avaliar o risco? Perfil lipídico, glicemia, aferições de pressão arterial e ECG. Conforme o caso, exames de imagem (ecocardiograma, teste ergométrico, tomografia coronariana) e, em situações selecionadas, avaliação genética com score poligênico.
- Quando procurar um médico mesmo sem sintomas? Se houver histórico familiar forte de DAC, se você tiver hipertensão, diabetes ou colesterol alto, ou se desejar avaliar seu risco e iniciar medidas preventivas.
Agende seu check-up com seu médico e avalie fatores de risco para proteger seu coração.