Diabetes o que é como identificar sintomas riscos e como tratar

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Você vai ler um guia prático sobre diabetes. Aqui estão os principais sintomas, fatores de risco e opções de tratamento. Explicamos como a insulina age, por que a sua falta muda o corpo e a importância da dieta equilibrada e da atividade física. No final, recomendações simples para você cuidar melhor da sua saúde.

Principais pontos

  • Diabetes = falta ou má ação da insulina, com glicose alta no sangue.
  • Tipo 1: insulinodependente — precisa de insulina injetável.
  • Tipo 2: mais comum — controle com remédios, perda de peso e mudanças no estilo de vida; pode evoluir para uso de insulina.
  • Dieta saudável e exercício ajudam a reduzir a glicose.
  • Diabetes descontrolado provoca complicações graves (coração, rins, nervos, visão, pés).

Entenda o que acontece no corpo

  • A glicose vem dos alimentos e é usada como energia.
  • A insulina é a chave que permite a entrada da glicose nas células.
  • Se a chave falta ou não funciona, a glicose fica no sangue e causa danos imediatos e a longo prazo.

Como a insulina age e por que isso importa

  • Após comer, o pâncreas libera insulina para sinalizar às células que usem a glicose.
  • Sem insulina suficiente ou com resistência à insulina, a glicose permanece elevada, causando:
  • falta de energia nas células;
  • dano a vasos, nervos e órgãos;
  • alterações no metabolismo de músculos, gordura e proteínas.

Tipos de Diabetes — qual é o seu caso?
Tipo 1

  • Insulinodependente: o pâncreas produz pouco ou nada de insulina.
  • Tratamento: insulina injetável diária.
  • Risco: cetoacidose, emergência médica se não tratada.

Tipo 2

  • As células desenvolvem resistência à insulina.
  • Tratamento inicial: mudanças no estilo de vida remédios orais; pode evoluir para insulina.
  • Risco: coma hiperosmolar em descompensações graves.

Outras formas

  • Relacionadas a medicamentos, doenças endócrinas (excesso de cortisona, hormônio do crescimento) ou condições genéticas.
  • Obesidade é um fator importante que reduz a sensibilidade à insulina.

Comparação rápida (tabela)

Característica Tipo 1 Tipo 2
Produção de insulina Muito baixa ou ausente Normal/alta, com resistência
Depende de insulina injetável Sim Às vezes
Início típico Jovem Adulto (pode ocorrer em jovens)
Complicação aguda típica Cetoacidose Coma hiperosmolar
Tratamento inicial Insulina Estilo de vida remédios orais

Sinais e sintomas — fique atento

  • Sede intensa e urina frequente.
  • Fadiga persistente.
  • Perda de peso sem causa (mais comum no tipo 1).
  • Fome exagerada mesmo após comer.
  • Visão embaçada.
  • Infecções que demoram a sarar.
  • Formigamento ou perda de sensibilidade nos pés (neuropatia).

Se tiver esses sinais, faça um exame de glicemia.

Fatores de risco

  • Excesso de peso e obesidade.
  • Sedentarismo.
  • Idade avançada.
  • Histórico familiar de diabetes.
  • Hipertensão e colesterol alto.
  • Diabetes gestacional prévio.
  • Uso prolongado de certos medicamentos hormonais.

Doenças associadas

  • Obesidade, disfunções hormonais (cortisona, hormônio do crescimento), excesso de adrenalina, doenças cardíacas, renais e vasculares.
  • Informe sempre seu médico sobre outras condições — elas influenciam o tratamento.

Complicações graves se não tratar

  • Doenças do coração e derrame.
  • Insuficiência renal.
  • Feridas que não cicatrizam, especialmente nos pés.
  • Neuropatia (danos nos nervos).
  • Retinopatia e perda de visão.
  • Crises agudas: cetoacidose diabética (tipo 1) e coma hiperosmolar (tipo 2).
VEJA  Entenda a síndrome da fadiga crônica e como ela afeta sua vida diária

Procure emergência se houver respiração rápida, confusão, vômitos persistentes, dor abdominal intensa, sede extrema ou oligúria (urinar pouco).

Como é feito o diagnóstico

  • Exames principais: glicemia de jejum, teste de tolerância à glicose (às vezes) e hemoglobina glicada (A1c) — avalia os últimos 2–3 meses.
  • Outros exames checam órgãos-alvo e fatores de risco.

Tratamento — o que fazer
Objetivo: manter a glicose próxima do normal para evitar complicações. Pilares:

  • Medicação: remédios orais ou insulina conforme indicação.
  • Alimentação equilibrada: controle de porções e qualidade dos carboidratos.
  • Atividade física regular.
  • Monitoramento da glicemia, quando indicado.
  • Acompanhamento profissional: médico, nutricionista, psicólogo/psiquiatra se necessário.

Insulina — quando e como

  • Obrigatória no tipo 1.
  • No tipo 2 se remédios não forem suficientes.
  • Vários tipos (ação rápida, intermediária, longa); o esquema é individual.
  • Não interromper tratamento com insulina sem orientação médica.

Remédios orais

  • No tipo 2, há classes que aumentam a sensibilidade à insulina, reduzem a produção de glicose no fígado ou aumentam sua eliminação.
  • O médico escolherá a combinação adequada para você.

Alimentação — o papel da dieta

  • Não exige dietas radicais, mas escolhas consistentes:
  • Reduzir carboidratos simples (açúcar, refrigerantes, doces).
  • Priorizar carboidratos complexos (grãos integrais, vegetais).
  • Controlar gorduras e calorias; distribuir refeições ao longo do dia.
  • Um nutricionista ajuda a montar um plano personalizado que favoreça perda de peso e menor necessidade de medicação.

Atividade física — por que mexer o corpo ajuda

  • Exercício melhora a sensibilidade à insulina e aumenta o uso de glicose.
  • Recomendações: ≥150 minutos/semana de atividade moderada treino de resistência 2x/semana.
  • Inicie gradualmente e consulte o médico se houver problemas cardíacos.

Apoio psicológico

  • Mudanças exigem disciplina e impactam a saúde mental. Psicólogo ou psiquiatra podem ajudar no controle de compulsões, ansiedade e depressão — melhorando adesão ao tratamento.

Recomendações práticas — comece hoje

  • Meça sua glicemia se tiver sintomas ou fatores de risco.
  • Procure médico e faça exames.
  • Marque consulta com nutricionista.
  • Caminhe 30 minutos por dia; aumente gradualmente.
  • Pare de fumar; tabagismo piora complicações.
  • Perder 5% do peso já traz benefícios significativos.
  • Monitore pressão arterial e colesterol.
  • Use medicação conforme prescrição — não pare sem orientação.
  • Aprenda sinais de hipoglicemia (tontura, suor frio, tremores) e hiperglicemia (sede, cansaço, poliúria).
  • Busque suporte emocional se necessário.

Plano prático de 7 dias — comece pequeno

  • Dia 1: Meça a glicemia em jejum. Agende consultas médicas e nutricionais.
  • Dia 2: Caminhe 20–30 minutos; hidrate-se mais.
  • Dia 3: Substitua refrigerante por água ou chá sem açúcar.
  • Dia 4: Anote o que comeu nas últimas 24 horas.
  • Dia 5: Verifique e organize seus medicamentos; ajuste alarmes.
  • Dia 6: Faça uma refeição com mais legumes e menos arroz/pão.
  • Dia 7: Avalie a semana: o que funcionou? o que foi difícil? Peça ajuda.

Monitoramento e autocuidado

  • Ferramentas: glicemia capilar, A1c a cada ~3 meses, peso, circunferência abdominal, pressão arterial e colesterol.
  • Registre: caderno ou app para acompanhar progresso.
  • Inspecione os pés diariamente (fotos e checagem) se houver perda de sensibilidade — feridas podem ser perigosas.

Tratamento em situações especiais

  • Gravidez: o diabetes gestacional exige acompanhamento rigoroso para proteger mãe e bebê.
  • Outras doenças hormonais exigem coordenação com especialistas.
VEJA  Descubra os 10 Alimentos Probióticos Que Ajudam a Melhorar Sua Saúde

Mitos e verdades

  • Mito: Diabetes é só de velho. — Verdade: pode ocorrer em qualquer idade.
  • Mito: Quem tem diabetes não pode comer carboidrato. — Verdade: pode, mas com controle de quantidade e escolha de boas fontes.
  • Mito: Emagrecendo, vou curar o diabetes. — Verdade: em alguns casos de tipo 2, perda de peso melhora tanto que permite controle sem remédios, mas não é garantia para todos.
  • Mito: Tomar insulina é sinal de fracasso. — Verdade: insulina é ferramenta essencial que salva vidas quando indicada.

Perguntas que seu médico pode fazer

  • Desde quando têm sintomas?
  • Já mediu a glicemia antes?
  • Histórico familiar de diabetes?
  • Uso de medicamentos?
  • Faz atividade física e come de forma equilibrada?
  • Tem problemas de visão, feridas que não cicatrizam ou dor nos pés?

Tabela resumida: recomendações e como começar

Você deve… Por quê? Como começar
Medir a glicemia quando indicado Saber como está seu açúcar Com aparelho em casa ou posto
Seguir a medicação prescrita Evitar picos e quedas Ajuste com o médico; não pare sozinho
Comer melhor Controlar glicose e peso Procure um nutricionista
Fazer atividade física Melhorar sensibilidade à insulina Comece com caminhadas
Consultar especialistas Prevenir complicações Médico, nutricionista, psicólogo
Monitorar pés e visão Evitar perdas sérias Inspeção diária e exames regulares

Quando buscar ajuda urgente
Procure pronto-socorro se houver:

  • Respiração muito rápida ou dificuldade para respirar.
  • Vômitos persistentes, dor abdominal forte.
  • Sonolência extrema ou confusão.
  • Infecção grave ou ferida profunda que não cicatriza.

Esses sinais podem indicar cetoacidose ou coma hiperosmolar — não demore.

Conclusão
Diabetes é excesso de glicose no sangue porque a insulina falta ou não funciona bem. Pense: glicose é o combustível; insulina é a chave que abre a porta das células. O controle depende de quatro pilares: dieta, atividade física, medicação e monitoramento. Pequenas mudanças somam; em muitos casos, a insulina é essencial e salva vidas. Consulte sempre seu médico e nutricionista. Não faça ajustes sozinho. Comece devagar: meça a glicemia quando indicado, ande mais, troque um refrigerante por água, organize seus remédios — um passo de cada vez.

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Perguntas frequentes

O que é diabetes?
Doença caracterizada por açúcar alto no sangue devido à falta ou má ação da insulina. A glicose deixa de ser usada adequadamente e prejudica o corpo.

Quais são os sintomas do diabetes?
Sede intensa, urina frequente, fome, perda de peso, cansaço, visão embaçada, infecções que demoram a curar.

Quais são os fatores de risco?
Excesso de peso, sedentarismo, idade, histórico familiar, hipertensão, colesterol alto e distúrbios hormonais.

Como tratar o diabetes?
Dieta equilibrada, exercícios, controle do peso, remédios orais (tipo 2), insulina (tipo 1 ou quando necessário). Monitorar glicemia e seguir orientação médica.

Quais são as complicações e quando buscar ajuda?
Problemas nos olhos, rins, coração, nervos e pés. Cetoacidose e coma hiperosmolar são emergências — procure atendimento se houver vômito, respiração rápida, confusão ou glicose muito alta.

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