Seu intestino preso saiba o que fazer e como tratar

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Intestino preso (constipação) — o que é, sinais, causas e o que fazer

Se você sofre com intestino preso, este guia explica de forma simples o que é, os sinais, como é feito o diagnóstico e o que piora o quadro. Saiba como pouca fibras, alimentos industrializados, pouca água e falta de atividade influenciam — e o que mudar já na sua rotina. Veja também quando os medicamentos são indicados, sempre com orientação do médico.

  • Prisão de ventre causa inchaço e dor abdominal
  • Falta de fibras, pouca água, sedentarismo e idade aumentam o risco
  • Diagnóstico vem da avaliação clínica e exames como hemograma e glicemia
  • Mudar a dieta para frutas, verduras e cereais integrais e beber mais água ajuda
  • Medicamentos podem ser usados, mas têm efeitos colaterais; consulte o médico

O que você precisa saber sobre constipação (prisão de ventre)

Você já sentiu o intestino lento, com inchaço, dor na barriga e desconforto? Isso é a constipação (prisão de ventre). Abaixo, explico o que acontece, por que ocorre, como descobrir e o que fazer — sem complicação.

Como a constipação aparece no dia a dia

Sinais comuns:

  • Menos evacuações do que o usual (às vezes < 3 por semana)
  • Fezes duras e secas
  • Esforço ao evacuar
  • Sensação de evacuação incompleta
  • Inchaço e dor abdominal
  • Gases e desconforto

Se esses sinais viram rotina, preste atenção.

Por que isso acontece (fatores que influenciam)

Causas comuns:

  • Baixa ingestão de fibras (poucas frutas, legumes e grãos integrais)
  • Pouca água (fezes mais duras)
  • Sedentarismo (menos estímulo ao trânsito intestinal)
  • Idade (redução da motilidade intestinal)
  • Certos remédios (opióides, anticolinérgicos, ferro, antiácidos com alumínio)
  • Gravidez (hormônios e pressão do útero)
  • Doenças (diabetes, hipotireoidismo, doenças neurológicas, disfunção do assoalho pélvico)
  • Ignorar repetidamente a vontade de evacuar

Pense nas mudanças recentes: nova medicação, alteração da dieta ou menos atividade física podem ser o gatilho.

Como o médico faz o diagnóstico

O médico começa pela entrevista:

  • Há quanto tempo? Frequência? Aspecto das fezes? Dor, sangue, perda de peso? Quais medicamentos?

Exame físico e quando indicados:

  • Toque retal para verificar obstrução ou fezes endurecidas
  • Exames de sangue (por exemplo, hemograma, glicemia) para causas sistêmicas
  • Imagem ou colonoscopia se houver sinais de alerta (sangue, perda de peso, idade avançada ou falha do tratamento)
  • Testes de trânsito intestinal ou avaliação do assoalho pélvico em casos crônicos

O objetivo é distinguir constipação funcional de causas orgânicas.

O que você pode fazer já (medidas eficazes)

Antes de remédios, tente mudanças simples:

  • Aumente gradualmente as fibras na dieta (evite aumentar de uma vez para não ter gases)
  • Beba mais água ao longo do dia
  • Pratique pelo menos 30 minutos de atividade física na maioria dos dias
  • Crie uma rotina (ir ao banheiro após refeições pode ajudar)
  • Não ignore a vontade de evacuar
  • Use o banheiro com calma; não force
  • Inclua frutas com casca (quando possível), verduras, legumes, leguminosas, cereais integrais e sementes (ex.: linhaça)
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Essas medidas resolvem muitos casos.

Dieta para soltar o intestino preso — o que comer

Alimentos que ajudam:

  • Frutas: ameixa seca, mamão, laranja, kiwi, pêra (de preferência com casca)
  • Verduras e legumes: cenoura, brócolis, couve, espinafre, abóbora
  • Leguminosas: feijão, lentilha, grão-de-bico
  • Cereais integrais: arroz integral, pão integral, aveia, centeio
  • Sementes: linhaça, chia (hidratada)
  • Oleaginosas: nozes e castanhas com moderação
  • Iogurte com probióticos e kefir podem ser úteis para algumas pessoas

Dica: a recomendação geral é cerca de 25–30 g de fibra/dia para adultos, ajustando com nutricionista.

Alimentos e hábitos que atrapalham (evite quando puder)

  • Alimentos processados e industrializados com pouca fibra
  • Fast food e comidas muito gordurosas
  • Excesso de laticínios (para quem percebe piora)
  • Baixa ingestão de líquidos
  • Sedentarismo

Leia rótulos e prefira produtos com mais fibra por porção.

Medicamentos: quando e quais usar

Se alterações de estilo de vida não bastarem, há classes de laxantes. Sempre com orientação médica.

Tipo Exemplos Como atuam Efeitos comuns
Formadores de massa Psyllium, farelo de aveia Absorvem água e aumentam o volume das fezes Inchaço, gases (início)
Osmóticos Polietilenoglicol, lactulose Atraem água para o intestino, amaciando as fezes Cólicas leves, diarreia em excesso
Emolientes / Amaciantes Docusato Amaciam a superfície das fezes Pouco potente, efeitos raros
Estimulantes Bisacodil, sene Aceleram as contrações intestinais Cólicas; uso prolongado não é recomendado
Lubrificantes / Enemas Óleo mineral, enemas de fosfato Lubrificam ou limpam localmente Desconforto; uso ocasional

Importante:

  • Não use laxantes por longos períodos sem orientação.
  • Alguns causam dependência funcional se usados abusivamente.
  • Em constipação associada a doenças (ex.: diabetes), pode ser necessário ajustar tratamentos.

Tratamentos específicos para casos difíceis

Em constipação persistente ou com causa motora/neurológica:

  • Biofeedback para disfunção do assoalho pélvico
  • Medicamentos pró-cinéticos ou específicos em casos selecionados
  • Em raros casos, cirurgia para obstrução anatômica ou motilidade severa

Quando procurar médico com urgência

Procure atendimento imediato se tiver:

  • Dor abdominal muito forte
  • Vômitos persistentes
  • Sangue nas fezes
  • Perda de peso inexplicada
  • Febre com constipação
  • Incapacidade total de eliminar gases ou fezes por dias (pode indicar obstrução)
  • Primeiro episódio de sintomas em pessoa > 50 anos

Esses sinais indicam necessidade de avaliação rápida.

Prevenção: como manter o intestino funcionando bem

  • Mantenha fibras e água regularmente
  • Faça atividade física com frequência
  • Não segure a vontade de evacuar por muito tempo
  • Tenha horários regulares para o banheiro (ex.: após o café da manhã)
  • Revise medicamentos com o médico se notar alteração do trânsito
  • Considere probióticos se houver benefício individual
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Mitos comuns e a verdade

  • Mito: Tem que evacuar todo dia.
    Verdade: Varia; 1–3 dias pode ser normal se as fezes não forem duras e não houver desconforto.
  • Mito: Laxante vicia sempre.
    Verdade: Laxantes usados por curto período e com orientação geralmente não causam dependência; o risco é usar estimulantes por meses sem acompanhamento.
  • Mito: Só fibras resolvem tudo.
    Verdade: Fibras ajudam muito, mas nem sempre são suficientes — especialmente em doenças ou disfunções musculares do assoalho pélvico.

Plano prático de 2 semanas (para testar melhora)

Semana 1:

  • Comece o dia com um copo de água morna
  • Inclua uma fruta com casca no café (ex.: maçã)
  • Troque arroz branco por integral em ao menos uma refeição
  • Beba cerca de 8 copos de água/dia (ajuste ao peso/clima)
  • Caminhe 20–30 minutos por dia

Semana 2:

  • Acrescente leguminosa (feijão, lentilha) em ao menos uma refeição
  • Coloque 1 colher de sopa de linhaça moída no iogurte ou salada
  • Tente ir ao banheiro 15–20 minutos após as refeições principais
  • Mantenha hidratação e atividade

Anote frequência e aspecto das fezes. Se não melhorar em 2–4 semanas, procure o médico.

Perguntas para levar ao médico

  • Qual a provável causa da minha prisão de ventre?
  • Preciso fazer exames? Quais?
  • Posso resolver só com dieta e exercício?
  • Qual laxante é mais seguro para mim e por quanto tempo?
  • Meu remédio atual pode estar causando isso?
  • Se for disfunção do assoalho pélvico, qual o tratamento?

Aviso final

Estas informações orientam sobre o problema e opções iniciais. Não substituem avaliação médica personalizada. Se o quadro for persistente, piorar ou vier com sinais de alerta, procure um profissional de saúde.

Resumindo em três passos:

  • Aumente fibras e água gradualmente;
  • Mexa-se e crie uma rotina de banheiro;
  • Consulte o médico se não houver melhora ou surgir dor, sangue ou febre.

Se quiser se aprofundar ou ver dicas práticas, leia mais em https://jornalsaudebemestar.com.br.

Perguntas frequentes

  • O que é intestino preso?
    É a prisão de ventre: poucas evacuações ou fezes duras, com possível inchaço e dor abdominal.
  • Quais os sinais mais comuns?
    Menos evacuações, esforço ao evacuar, fezes ressecadas, sensação de evacuação incompleta e inchaço.
  • O que posso fazer em casa para melhorar?
    Comer mais frutas, verduras e cereais integrais; beber água suficiente; mexer-se diariamente; evitar alimentos muito processados.
  • Quando devo procurar um médico e quais exames são feitos?
    Procure se houver sangue nas fezes, perda de peso, dor forte ou se não melhorar. O médico pode pedir hemograma, glicemia e outros exames conforme suspeita.
  • Que remédios existem e quais os riscos?
    Há fibras suplementares, laxantes osmóticos e estimulantes. Alguns causam cólica ou dependência se usados inadequadamente. Use sempre com orientação médica.

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