Novo relatório indica aumento de casos de hepatite A

O Brasil acaba de registrar um sinal de alerta importante: os casos de Hepatite A estão aumentando de forma significativa após anos de queda. A notícia preocupa porque, mesmo sendo uma doença evitável, a infecção tem impacto direto na saúde do fígado, especialmente entre crianças e adultos jovens. Vamos entender o que está ocorrendo, por que isso está acontecendo e como você pode se proteger de forma simples e eficaz.

O que os dados mais recentes mostram sobre esse aumento?

Segundo o mais recente boletim do Ministério da Saúde, a taxa de incidência da Hepatite A subiu de 1,1 para 1,7 caso a cada 100 mil habitantes entre 2023 e 2024 — um aumento de aproximadamente 54,5%. Em estados como São Paulo, o crescimento foi ainda maior: cerca de 90% a mais de casos registrados no primeiro semestre de 2025 em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Quais são as possíveis causas desse aumento de casos de hepatite A?

Há vários fatores contribuindo para o revés nessa tendência que vinha sendo decrescente. Entre os mais destacados:

  • A transmissão por água ou alimentos contaminados continua sendo fonte primária da infecção. Em São Paulo, este foi o principal tipo de contaminação.
  • Alterações nos hábitos de higiene, infraestrutura de saneamento insuficiente em algumas regiões, e maior mobilidade social.
  • Em algumas localidades houve expansão da doença entre jovens com vida sexual ativa, indicando também possível contaminação sexual (menos usual, mas relevante).
  • Diferenças regionais que se acentuam: as regiões Norte e Nordeste concentravam mais de 50% dos casos confirmados no período mais longo.
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Por que esse aumento representa um risco para a saúde pública?

Embora a hepatite A seja, em muitos casos, autolimitada — ou seja, o organismo consegue se recuperar — ela não deve ser subestimada. A infecção pode causar:

  • Inflamação aguda do fígado, icterícia (pele amarelada), dor abdominal e fadiga.
  • Em casos mais graves ou em pessoas com hígado fragilizado, risco de complicações, embora raro.
  • Ainda, o aumento dos casos indica fragilidades nos sistemas de saneamento ou vacinação, o que pode abrir espaço para novas ondas de infecção.

Quais medidas posso tomar para me proteger e proteger quem está ao meu redor?

Você pode adotar medidas simples, mas eficazes, para reduzir o risco de se contaminar:

  • Certifique-se de que os alimentos e bebidas sejam preparados de forma higienizada e que a água esteja tratada ou fervida.
  • Lave bem as mãos antes de comer e depois do banheiro — especialmente crianças.
  • Verifique se a vacinação contra a hepatite A está em dia para você, seus filhos ou pessoas com riscos.
  • Evite compartilhar utensílios ou objetos que possam ter contato com fezes ou secreções.
  • Se estiver viajando para regiões com saneamento precário, redobre os cuidados com água, gelo e alimentos crus.

Conclusão

O aumento dos casos de hepatite A no Brasil serve como um lembrete de que doenças evitáveis ainda podem ganhar força quando os cuidados básicos falham. A boa notícia é que a prevenção está ao nosso alcance — com higiene, saneamento, vacina e atenção aos sinais do corpo. Fique por dentro desse tipo de alerta e acompanhe o Jornal Saúde Bem-estar para saber mais sobre doenças, prevenção e saúde do dia a dia.

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Perguntas Frequentes (FAQ)

O que é hepatite A?

A hepatite A é uma infecção viral que atinge o fígado, geralmente transmitida por água ou alimentos contaminados, ou por contato próximo com quem está infectado.

Quem está mais em risco de contrair hepatite A?

Crianças pequenas, pessoas em áreas com saneamento básico deficiente, e quem viaja para regiões com risco elevado.

A hepatite A pode ser prevenida por vacina?

Sim. Existe vacina eficaz para hepatite A, e é recomendada em muitos calendários de imunização.

Quais os sintomas de hepatite A?

Os sintomas incluem febre, mal-estar geral, dor no abdome, urina escura, pele amarelada (icterícia) e olhos amarelados.

Quanto tempo dura a recuperação da hepatite A?

Na maioria dos casos, a recuperação ocorre em algumas semanas a poucos meses, sem causar dano permanente ao fígado.

Quando devo procurar atendimento médico?

Procure ajuda se surgirem sintomas de icterícia, dores intensas no abdome, vômitos persistentes ou se fizer parte de grupos de risco.

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